Dólar e juros longos têm forte alta com risco de saída de Tombini
O dólar e os juros futuros têm o terceiro dia de alta firme nesta quarta-feira, pressionados ainda pelo noticiário político, que hoje conta com um dado novo: a possibilidade de o presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, deixar o cargo por causa do risco de "guinada" da política econômica com uma eventual ida do ex-presidente Lula para o governo.
O Valor PRO, serviços de notícias em tempo real do Valor, publicou com exclusividade nesta quarta-feira que Tombini tem dado sinais de que pedirá para sair na mexida ministerial que está sendo desenhada.
Na avaliação de profissionais, o mercado reage mal porque uma eventual saída de Tombini seria um forte sinal de que Lula estaria mais próximo de assumir o papel de "superministro", com amplos poderes sobre a política econômica. E, dados os motivos da saída de Tombini, a ida de alguém bem visto pelo mercado, como o ex-presidente do BC Henrique Meirelles, é bastante improvável.
O risco de saída de Tombini surge em um momento de grande incerteza e fragilidade para investidores, que já vêm reagindo mal à possibilidade de Lula se tornar ministro e atrasar o impeachment da presidente Dilma Rousseff. A disparada do dólar e dos juros desde segunda-feira quebra duas semanas de alívio nesses ativos, na esteira do otimismo de que uma troca de comando na Presidência estava mais próxima.
Não bastassem as pressões do lado doméstico, os mercados no Brasil podem sofrer pressão adicional do Federal Reserve (Fed, banco central americano), que decide hoje o rumo da política monetária dos Estados Unidos. Embora não se espere que o Fed eleve os juros hoje, a divulgação dos resultados da reunião de dois dias inclui atualização de projeções econômicos dos integrantes do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) e coletiva de imprensa com a presidente do Fed, Janet Yellen - ambos eventos com potencial para gerar volatilidade nos mercados.
Às 10h31, o dólar comercial subia 1,25%, a R$ 3,8090. O dólar para abril avançava 1,11%, a R$ 3,83.
No mercado de juros, o DI para janeiro de 2021, mais sensível à percepção de risco, tinha alta a 14,890% ao ano, ante 14,600% no ajuste da véspera e máxima hoje de 15,030%. O DI janeiro de 2018 ia a 13,980%, frente a 13,820% no último ajuste.
Já o DI janeiro de 2017 caía a 13,855%, contra 13,870% no ajuste anterior. As taxas de juros mais curtas caem porque refletem riscos de, com uma "guinada à esquerda" do governo, a Selic ser reduzida "na canetada".
O Valor PRO, serviços de notícias em tempo real do Valor, publicou com exclusividade nesta quarta-feira que Tombini tem dado sinais de que pedirá para sair na mexida ministerial que está sendo desenhada.
Na avaliação de profissionais, o mercado reage mal porque uma eventual saída de Tombini seria um forte sinal de que Lula estaria mais próximo de assumir o papel de "superministro", com amplos poderes sobre a política econômica. E, dados os motivos da saída de Tombini, a ida de alguém bem visto pelo mercado, como o ex-presidente do BC Henrique Meirelles, é bastante improvável.
O risco de saída de Tombini surge em um momento de grande incerteza e fragilidade para investidores, que já vêm reagindo mal à possibilidade de Lula se tornar ministro e atrasar o impeachment da presidente Dilma Rousseff. A disparada do dólar e dos juros desde segunda-feira quebra duas semanas de alívio nesses ativos, na esteira do otimismo de que uma troca de comando na Presidência estava mais próxima.
Não bastassem as pressões do lado doméstico, os mercados no Brasil podem sofrer pressão adicional do Federal Reserve (Fed, banco central americano), que decide hoje o rumo da política monetária dos Estados Unidos. Embora não se espere que o Fed eleve os juros hoje, a divulgação dos resultados da reunião de dois dias inclui atualização de projeções econômicos dos integrantes do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) e coletiva de imprensa com a presidente do Fed, Janet Yellen - ambos eventos com potencial para gerar volatilidade nos mercados.
Às 10h31, o dólar comercial subia 1,25%, a R$ 3,8090. O dólar para abril avançava 1,11%, a R$ 3,83.
No mercado de juros, o DI para janeiro de 2021, mais sensível à percepção de risco, tinha alta a 14,890% ao ano, ante 14,600% no ajuste da véspera e máxima hoje de 15,030%. O DI janeiro de 2018 ia a 13,980%, frente a 13,820% no último ajuste.
Já o DI janeiro de 2017 caía a 13,855%, contra 13,870% no ajuste anterior. As taxas de juros mais curtas caem porque refletem riscos de, com uma "guinada à esquerda" do governo, a Selic ser reduzida "na canetada".
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