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Dólar fecha em queda com Fed e notícias sobre Meirelles no governo

16/03/2016 17h55

Em dia de intensa volatilidade, o dólar fechou em queda frente ao real, após dois pregões consecutivos de alta. O aumento do apetite por ativos de risco no cenário externo, após o comunicado do Federal Reserve, influenciou os negócios, assim como a redução do temor do mercado quanto a uma guinada da política econômica à esquerda.

Notícias sobre a possibilidade de o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles integrar a equipe econômica e declarações da presidente Dilma Rousseff descartando o uso das reservas internacionais para investimentos contribuíram para aliviar a pressão no câmbio e abriram espaço para uma queda do dólar frente ao real.

A moeda americana caiu 0,63% e fechou a R$ 3,7386. No mercado futuro, o contrato para abril recuava 0,81% para R$ 3,757.

Pela manhã, o dólar chegou a R$ 3,8523 na máxima do dia, diante da perspectiva de que o presidente do BC, Alexandre Tombini, poderia deixar o cargo.

Os rumores de que Lula poderia convidar Henrique Meirelles para integrar a equipe econômica ajudaram a reduzir a preocupação com a adoção de medidas populistas, que pudessem implicar em riscos para quadro fiscal e a inflação.

A presidente Dilma, descartou o uso das reservas internacionais para bancar os investimentos, proposta que chegou a ser defendida pelo PT, mas destacou que elas "podem ter um papel em relação à dívida". Na segunda-feira, o atual chefe de gabinete da Presidência da República e ex-ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, afirmou que o governo discute o uso das reservas para reduzir a dívida pública.

A presidente Dilma afirmou que jamais fará o "uso das reservas para algo que não seja a proteção do país contra flutuações internacionais."

No cenário externo, a sinalização do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) de um ritmo mais gradual de um aumento da taxa de juros nos Estados Unidos ajudou a reduziu a aversão a risco e sustentou a queda do dólar frente às principais divisas emergentes.

O Fomc manteve a taxa básica de juros estável entre 0,25% e 0,50% e reduziu a perspectiva para aumento adicionais de juros, cortando a projeção de quatro para duas altas neste ano.