Cenário político puxa para baixo juros futuros de médio e longo prazos
As taxas dos contratos futuros de juros intermediária e de longo prazo fecharam em ligeira queda na BM&F, com o mercado apostando na possibilidade de uma política econômica mais austera a partir de uma troca de governo. O DI para janeiro de 2018 recuou de 13,54% para 13,48%. E o DI para janeiro de 2021 caiu de 14,06% para 14,02%. Já a taxa para janeiro de 2017 subiu de 13,72% para 13,75% no fechamento do pregão regular.
Investidores monitoram desdobramentos das ações contrárias à posse de Lula como ministro da Casa Civil e o avanço do processo de impeachment da presidente Dilma. "O mercado está comprado na ideia de que o impeachment vai acontecer em um ritmo mais rápido que o esperado", afirma o diretor de gestão de recursos da Ativa Corretora, Arnaldo Curvello.
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes - para quem não há dúvida de que Lula e Dilma tentaram barrar a prisão do ex-presidente - vai analisar pelo menos seis processos que chegaram à Corte contra Lula. E ontem a oposição tomou a dianteira na busca por votos para aprovar a saída da presidente Dilma na comissão especial criada na Câmara dos Deputados para avaliar o tema.
Nesse contexto, a postura do PMDB ganha ainda mais relevância para a definição do xadrez político. A reunião do diretório nacional da legenda para decidir se continuará aliada ou se vai romper com o Palácio do Planalto foi antecipada para o dia 29 de março, cerca de duas semanas antes do previsto inicialmente. A decisão foi tomada pelo vice-presidente da República, Michel Temer (SP), que ontem não compareceu à cerimônia de posse de Lula e classificou como "afronta" a nomeação do deputado pemedebista Mauro Lopes para a chefia da Secretaria de Aviação Civil.
A aposta em uma mudança de governo tem levado a uma queda das taxas de juros futuros, especialmente as com prazos mais longos. Uma medida clara dessa menor percepção de risco é a chamada inclinação da curva a termo, dada pela diferença entre o DI para janeiro de 2021 e o DI para janeiro de 2017. Essa diferença estava hoje em 0,26 ponto, estável em relação a ontem e no menor patamar desde 16 de dezembro.
Do lado macroeconômico, os investidores acompanharam a notícia do Valor de que o governo estaria estudando adotar o uso de reservas bancárias remuneradas como instrumento de política monetária. A ideia é reduzir o volume de operações compromissadas com resgate por meio de recursos do Tesouro no BC ou mesmo com parte das reservas cambiais. Apesar de muitos analistas considerarem a ideia válida, eles ressaltam que, em um governo sem credibilidade, esse procedimento poderia ser interpretado como "contabilidade criativa".
Investidores monitoram desdobramentos das ações contrárias à posse de Lula como ministro da Casa Civil e o avanço do processo de impeachment da presidente Dilma. "O mercado está comprado na ideia de que o impeachment vai acontecer em um ritmo mais rápido que o esperado", afirma o diretor de gestão de recursos da Ativa Corretora, Arnaldo Curvello.
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes - para quem não há dúvida de que Lula e Dilma tentaram barrar a prisão do ex-presidente - vai analisar pelo menos seis processos que chegaram à Corte contra Lula. E ontem a oposição tomou a dianteira na busca por votos para aprovar a saída da presidente Dilma na comissão especial criada na Câmara dos Deputados para avaliar o tema.
Nesse contexto, a postura do PMDB ganha ainda mais relevância para a definição do xadrez político. A reunião do diretório nacional da legenda para decidir se continuará aliada ou se vai romper com o Palácio do Planalto foi antecipada para o dia 29 de março, cerca de duas semanas antes do previsto inicialmente. A decisão foi tomada pelo vice-presidente da República, Michel Temer (SP), que ontem não compareceu à cerimônia de posse de Lula e classificou como "afronta" a nomeação do deputado pemedebista Mauro Lopes para a chefia da Secretaria de Aviação Civil.
A aposta em uma mudança de governo tem levado a uma queda das taxas de juros futuros, especialmente as com prazos mais longos. Uma medida clara dessa menor percepção de risco é a chamada inclinação da curva a termo, dada pela diferença entre o DI para janeiro de 2021 e o DI para janeiro de 2017. Essa diferença estava hoje em 0,26 ponto, estável em relação a ontem e no menor patamar desde 16 de dezembro.
Do lado macroeconômico, os investidores acompanharam a notícia do Valor de que o governo estaria estudando adotar o uso de reservas bancárias remuneradas como instrumento de política monetária. A ideia é reduzir o volume de operações compromissadas com resgate por meio de recursos do Tesouro no BC ou mesmo com parte das reservas cambiais. Apesar de muitos analistas considerarem a ideia válida, eles ressaltam que, em um governo sem credibilidade, esse procedimento poderia ser interpretado como "contabilidade criativa".
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