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Juros futuros de curto prazo sobem após BC ampliar atuação no câmbio

21/03/2016 17h35

As taxas dos contratos futuros de juros com vencimentos mais curtos subiram na BM&F nesta segunda-feira, reagindo ao movimento de alta do dólar e da sinalização do Banco Central de que pretende limitar uma valorização rápida do câmbio, que tinha levado o mercado a cogitar uma antecipação do corte da taxa Selic neste ano. O cenário político e a perspectiva de uma mudança de governo, contudo, continuam sendo o pano de fundo dos movimentos dos mercado locais e sustentaram a queda das taxas de juros com prazos mais longos.

O DI para janeiro de 2017 subiu de 13,76% para 13,78%, enquanto o DI para janeiro de 2018 avançou de 13,45% para 13,46%.

O anúncio da operação de swap cambial reverso, que equivale a uma compra futura de dólares, ajudou a limitar a queda dos juros futuros de curto prazo. "Se o BC não aumentasse a atuação no câmbio, o real poderia se apreciar mais rápido e ser um incentivo a mais para o BC cortar juros ", afirma Rogério Braga, sócio e gestor da Quantitas. Segundo ele, uma antecipação do corte de juros vai depender do patamar do câmbio.

Por enquanto, a mediana das projeções para taxa Selic neste ano na Pesquisa Focus continua apontando para estabilidade da taxa básica de juros em 14,25%. Já a curva de juros embute a probabilidade de uma queda de 0,40 ponto até o fim de 2016.

A parte mais longa da curva de juros segue influenciada pelo cenário político e pela perspectiva de uma mudança de governo e da política econômica em direção a uma maior austeridade fiscal. O DI para janeiro de 2021 recuou de 14,01% para 13,87% no fechamento do pregão regular.

Hoje, a comissão especial do impeachment da Câmara dos Deputados se reúne às 17h para o presidente do colegiado, Rogério Rosso (DF), apresentar o plano de trabalho.

Há também a expectativa pela decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o pedido de habeas corpus impetrado por advogados do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e mais seis juristas pela suspensão da decisão do ministro Gilmar Mendes de barrar a nomeação do ex-presidente como ministro da Casa Civil, devolvendo ao juiz Sergio Moro as ações referentes a Lula na Lava-Jato.