CNC: Cai parcela de endividados em março, mas inadimplência preocupa
A parcela de famílias que se declararam endividadas diminuiu de 60,8% para 60,3% entre fevereiro e março - mas ainda ficou acima de março de 2015, de 59,6%, segundo a Confederação Nacional de Comércio, Bens e Serviços (CNC) em sua Pesquisa de Endividamento e Inadimplência (Peic).
No entanto, houve piora na inadimplência, no mesmo período. O percentual de famílias com dívidas em atraso subiu de 23,3% para 23,5% no mesmo período - sendo que, em março de 2015, atingia parcela bem menor, de 17,9%.
Na prática, as famílias mostraram maior cautela em contrair novas dívidas em março. Isso porque o atual ambiente de juros altos, crédito mais caro e de turbulência política indica cenário de incertezas para os próximos meses. Estes fatores ajudaram a diminuir a parcela de famílias endividadas em março. Ao mesmo tempo, com renda em queda e menor poder aquisitivo, o consumidor ainda tem dificuldades para pagar dívidas antigas - o que gerou piora na inadimplência, explicou a economista da CNC, Marianne Hanson.
Um exemplo de como as famílias estariam com pouca margem de manobra em seus ganhos é a parcela de renda mensal comprometida com dívidas, que subiu de 29,7% para 31,1% entre março de 2015 para março deste ano. Marianne comentou que, embora as famílias não estejam mais se comprometendo com novas dívidas, a carga de dívidas antigas já é tão alta que arrebata mais de um terço dos ganhos mensais, alertou ela. "As famílias não estão renovando suas linhas de crédito e esta queda tem a ver com o atual cenário de redução no consumo das famílias", explicou. "Mas há uma dificuldade em pagar contas antigas e por isso a inadimplência subiu", avaliou.
Para a técnica, de maneira geral, as perspectivas de melhora para este cenário para os próximos meses não são boas. No entanto, fez uma ressalva: a inflação, que ajudava a reduzir o poder de consumo das famílias, mostrou menor ímpeto em março. Caso continue nesta trajetória, a inflação menos intensa pode conceder algum alívio ao bolso do consumidor nos próximos meses. "Mas é a única boa notícia que vimos na economia até o momento", admitiu.
Entre as modalidades de dívida pesquisadas no âmbito da pesquisa, o cartão de crédito foi, mais uma vez, o mais lembrado, sendo citado 77,3% das famílias endividadas, seguido por carnês (16,7%); e crédito pessoal (10,8%).
A pesquisa abrange todas as capitais mais o Distrito Federal, com cerca de 18 mil consumidores.
No entanto, houve piora na inadimplência, no mesmo período. O percentual de famílias com dívidas em atraso subiu de 23,3% para 23,5% no mesmo período - sendo que, em março de 2015, atingia parcela bem menor, de 17,9%.
Na prática, as famílias mostraram maior cautela em contrair novas dívidas em março. Isso porque o atual ambiente de juros altos, crédito mais caro e de turbulência política indica cenário de incertezas para os próximos meses. Estes fatores ajudaram a diminuir a parcela de famílias endividadas em março. Ao mesmo tempo, com renda em queda e menor poder aquisitivo, o consumidor ainda tem dificuldades para pagar dívidas antigas - o que gerou piora na inadimplência, explicou a economista da CNC, Marianne Hanson.
Um exemplo de como as famílias estariam com pouca margem de manobra em seus ganhos é a parcela de renda mensal comprometida com dívidas, que subiu de 29,7% para 31,1% entre março de 2015 para março deste ano. Marianne comentou que, embora as famílias não estejam mais se comprometendo com novas dívidas, a carga de dívidas antigas já é tão alta que arrebata mais de um terço dos ganhos mensais, alertou ela. "As famílias não estão renovando suas linhas de crédito e esta queda tem a ver com o atual cenário de redução no consumo das famílias", explicou. "Mas há uma dificuldade em pagar contas antigas e por isso a inadimplência subiu", avaliou.
Para a técnica, de maneira geral, as perspectivas de melhora para este cenário para os próximos meses não são boas. No entanto, fez uma ressalva: a inflação, que ajudava a reduzir o poder de consumo das famílias, mostrou menor ímpeto em março. Caso continue nesta trajetória, a inflação menos intensa pode conceder algum alívio ao bolso do consumidor nos próximos meses. "Mas é a única boa notícia que vimos na economia até o momento", admitiu.
Entre as modalidades de dívida pesquisadas no âmbito da pesquisa, o cartão de crédito foi, mais uma vez, o mais lembrado, sendo citado 77,3% das famílias endividadas, seguido por carnês (16,7%); e crédito pessoal (10,8%).
A pesquisa abrange todas as capitais mais o Distrito Federal, com cerca de 18 mil consumidores.
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