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IPCA-15 desacelera para 0,43% e é o mais baixo para março desde 2012

23/03/2016 10h15

A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo -15 (IPCA-15) desacelerou entre fevereiro e março, de 1,42% para 0,43%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foi a taxa mais baixa para meses de março desde 2012, quando marcou 0,25%. Em março de 2015, houve alta de 1,24%. No primeiro trimestre de 2016, a inflação correspondeu a 2,79%.

O IPCA-15 de março ficou abaixo da estimativa média apurada pelo Valor Data, de 0,55% de aumento. Para o acumulado em 12 meses, os analistas esperavam 10,08% de elevação. O indicador é uma prévia do IPCA, que baliza o sistema de metas de inflação. O que muda entre os dois índices é o período de coleta de preços e a abrangência geográfica.

Nos 12 meses até março, o IPCA-15 teve alta de 9,95%. Desde outubro de 2015, a inflação não ficava abaixo de dois dígitos. Mesmo com a desaceleração, a taxa segue bem acima do teto do intervalo da meta perseguida pelo Banco Central (BC), de 6,5%.

Nas nove classes de despesa pesquisadas, o IBGE detalhou que os alimentos, embora responsáveis por 46% do índice do mês e com impacto de 0,20 ponto percentual, mostraram significativa redução na taxa de variação, indo de acréscimo de 1,92% de fevereiro para 0,77% em março. Houve quedas expressivas em produtos de peso na cesta básica do brasileiro, como tomate (-19,21%) e batata-inglesa (-4,61%). Em contrapartida, seguiram em alta a cenoura (24,08%), as frutas (6,11%) e a farinha de mandioca (5,94%), por exemplo.

No mês, o principal impacto individual, de 0,07 ponto, ficou com os combustíveis, onde a alta foi 1,23%. O preço do litro da gasolina subiu 0,82%, com a região metropolitana de Salvador na liderança, com 5,45%, enquanto o litro do etanol ficou 3,20% mais caro, também tendo Salvador na liderança, onde o preço do litro atingiu 9,27%.

Com relação à energia elétrica, esse item teve queda de 2,87% e exerceu o impacto negativo mais expressivo na formação do IPCA-15, de 0,11 ponto percentual.

Este comportamento deve-se à redução na cobrança extra da bandeira tarifária, que, a partir de 1º de março, passou dos R$ 3, da bandeira vermelha, para R$ 1,50, da bandeira amarela, para cada 100 kilowatts-hora consumidos, destacou o IBGE. As contas de energia de todas as regiões pesquisadas ficaram mais baratas, especialmente em Salvador, com queda de 5,85%. Em algumas regiões, houve, ainda, recuo no valor das alíquotas do PIS/Cofins, observou o instituto.

"Além da energia, outros itens contribuíram para a desaceleração do IPCA-15 do mês, seja se apresentando em queda, como é o caso das passagens aéreas (-10,79%), ou com significativa redução no ritmo de crescimento de preços, a exemplo do grupo Educação, que passou de 5,91% para 0,67%, de fevereiro para março, deixando para trás a maior parte dos reajustes ocorridos nas mensalidades escolares deste ano letivo", apontou o organismo.


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