Previsão para taxa de juro ao fim de 2016 cai para 13,75%, traz Focus
(Atualizada às 9h18) Depois de não alterar a projeção para o juro básico da economia em 2016 por oito semanas consecutivas, os economistas de mercado reduziram a aposta em 0,50 ponto percentual. Esse movimento ocorre justo no momento em que o Banco Central (BC) reforça a mensagem de que não deve cortar o juro tão cedo por causa dos riscos de aumento da inflação.
No relatório Focus divulgado hoje, a mediana das estimativas para a Selic ao fim deste ano saiu de 14,25% para 13,75%. Para o fim de 2017, permaneceu em 12,50%. Entre os analistas Top 5, aqueles que mais acertam as previsões, a mediana das projeções passou de 14,25% para 13,25%. Esse grupo também reduziu a expectativa para a Selic ao fim do próximo ano, de 12% para 11,75%.
Essa esperada queda de juro pode responder à revisão para o dólar no fim de 2016, que saiu de R$ 4,15 para R$ 4. Um real mais apreciado tende a dar alívio para a inflação. No Focus de hoje, a projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) caiu, pela quarta vez seguida, indo de uma alta de 7,31% para 7,28%.
Essas revisões ocorreram ao mesmo tempo que o BC divulgou o Relatório de Inflação do primeiro trimestre, na quinta-feira passada. Nele, a autoridade diz textualmente que não há espaço no momento para baixar os juros. Nas projeções do BC, a inflação segue acima da meta, embora a taxas abaixo das previstas pelo mercado. Para 2016, o BC prevê IPCA de 6,6% (contra 6,2% antes). O risco de estourar o teto neste ano foi calculado em 55%. Para alguns analistas, a elevação da estimativa do BC para o avanço do IPCA e a mensagem de que o juro não será reduzido ocorreram justamente porque as expectativas de mercado para a inflação seguem deterioradas. A previsão para o IPCA em 12 meses, por exemplo, só há pouco deixou de estar acima do teto da meta. No Focus de hoje, ficou estacionada em 6,48%.
PIB
Pela 11ª vez consecutiva, os analistas consultados pelo BC reduziram a estimativa para o desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, desta vez de queda de 3,66% para contração de 3,73% neste ano. No caso de 2017, a projeção foi revista pela terceira vez, de expansão de 0,35% para 0,30%.
O relatório Focus mostrou ainda a projeção de um recuo de 5,80% na produção da indústria neste ano, dado revisado de uma queda de 4,40% esperada anteriormente para o mesmo período. Para o próximo calendário, quando se espera certa recuperação, a estimativa saiu de crescimento de 0,85% para elevação de 0,69%.
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No relatório Focus divulgado hoje, a mediana das estimativas para a Selic ao fim deste ano saiu de 14,25% para 13,75%. Para o fim de 2017, permaneceu em 12,50%. Entre os analistas Top 5, aqueles que mais acertam as previsões, a mediana das projeções passou de 14,25% para 13,25%. Esse grupo também reduziu a expectativa para a Selic ao fim do próximo ano, de 12% para 11,75%.
Essa esperada queda de juro pode responder à revisão para o dólar no fim de 2016, que saiu de R$ 4,15 para R$ 4. Um real mais apreciado tende a dar alívio para a inflação. No Focus de hoje, a projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) caiu, pela quarta vez seguida, indo de uma alta de 7,31% para 7,28%.
Essas revisões ocorreram ao mesmo tempo que o BC divulgou o Relatório de Inflação do primeiro trimestre, na quinta-feira passada. Nele, a autoridade diz textualmente que não há espaço no momento para baixar os juros. Nas projeções do BC, a inflação segue acima da meta, embora a taxas abaixo das previstas pelo mercado. Para 2016, o BC prevê IPCA de 6,6% (contra 6,2% antes). O risco de estourar o teto neste ano foi calculado em 55%. Para alguns analistas, a elevação da estimativa do BC para o avanço do IPCA e a mensagem de que o juro não será reduzido ocorreram justamente porque as expectativas de mercado para a inflação seguem deterioradas. A previsão para o IPCA em 12 meses, por exemplo, só há pouco deixou de estar acima do teto da meta. No Focus de hoje, ficou estacionada em 6,48%.
PIB
Pela 11ª vez consecutiva, os analistas consultados pelo BC reduziram a estimativa para o desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, desta vez de queda de 3,66% para contração de 3,73% neste ano. No caso de 2017, a projeção foi revista pela terceira vez, de expansão de 0,35% para 0,30%.
O relatório Focus mostrou ainda a projeção de um recuo de 5,80% na produção da indústria neste ano, dado revisado de uma queda de 4,40% esperada anteriormente para o mesmo período. Para o próximo calendário, quando se espera certa recuperação, a estimativa saiu de crescimento de 0,85% para elevação de 0,69%.
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