Juros futuros de curto prazo fecham em ligeira alta após ata do Copom
Os juros futuros fecharam em queda na BM&F, com o movimento sendo mais limitado nos contratos com vencimentos mais curtos, que fecharam em ligeira alta após a ata do Comitê de Política Monetária (Copom) reforçar a sinalização de que não há espaço para corte da taxa Selic no curto prazo.
Diante de incertezas em relação ao prazo em que acontecerá a troca de comando no Banco Central em um eventual governo do vice-presidente Michel Temer, os investidores reduziram as apostas em um corte da taxa Selic no curto prazo, prevendo o início do afrouxamento monetário no segundo semestre.
O DI para janeiro de 2017 subiu de 13,67% para 13,675% no fechamento do pregão regular, enquanto o DI para janeiro de 2021 recuou de 12,63% para 12,54%.
O BC destacou na ata do Copom que, apesar dos avanços no combate à inflação e da projeção do IPCA para 2017 no cenário de referência ter recuado para ao redor da meta de 4,5%, a alta de preços e a "desancoragem das expectativas" impedem a flexibilização da política monetária.
A definição do início de um processo de afrouxamento monetário, contudo, dependerá da composição da nova diretoria do BC. Para analistas, dificilmente a autoridade monetária deverá iniciar um corte de juros durante o período de transição do comando do BC, o que tem levado muitas instituições a revisar as projeções para a taxa Selic.
A Tendências Consultoria postergou a projeção para o início do corte de juros de junho para agosto. A leitura do mercado é que, mesmo que essa troca de comando no BC aconteça até julho, a nova equipe deverá primeiramente mudar a comunicação antes de mudar a estratégia da política monetária. O mercado reduz de 65% para 48% a probabilidade de corte de 0,25 ponto percentual da Selic no Copom de julho.
Entre os pontos mais "hawkish" (mais inclinado ao aperto monetário) da ata do Copom, os analistas destacaram a alteração da avaliação do BC em relação à política fiscal que passou de "neutra" para "expansionista". "O BC não quis criar a percepção que vai reduzir a taxa Selic em breve", destaca Alessandra Ribeiro, economista da Tendências.
Já os pontos mais "dovish" (mais voltado ao afrouxamento) foram as citações sobre a distensão do mercado de trabalho e a mudança de avaliação em relação ao crédito que passou a contemplar uma "moderação" do crédito.
De toda forma, a expectativa da nomeação de uma equipe econômica na Fazenda e no BC mais comprometida com a convergência da inflação para meta abriu espaço para a queda das taxas de juros de longo prazo.
Diante de incertezas em relação ao prazo em que acontecerá a troca de comando no Banco Central em um eventual governo do vice-presidente Michel Temer, os investidores reduziram as apostas em um corte da taxa Selic no curto prazo, prevendo o início do afrouxamento monetário no segundo semestre.
O DI para janeiro de 2017 subiu de 13,67% para 13,675% no fechamento do pregão regular, enquanto o DI para janeiro de 2021 recuou de 12,63% para 12,54%.
O BC destacou na ata do Copom que, apesar dos avanços no combate à inflação e da projeção do IPCA para 2017 no cenário de referência ter recuado para ao redor da meta de 4,5%, a alta de preços e a "desancoragem das expectativas" impedem a flexibilização da política monetária.
A definição do início de um processo de afrouxamento monetário, contudo, dependerá da composição da nova diretoria do BC. Para analistas, dificilmente a autoridade monetária deverá iniciar um corte de juros durante o período de transição do comando do BC, o que tem levado muitas instituições a revisar as projeções para a taxa Selic.
A Tendências Consultoria postergou a projeção para o início do corte de juros de junho para agosto. A leitura do mercado é que, mesmo que essa troca de comando no BC aconteça até julho, a nova equipe deverá primeiramente mudar a comunicação antes de mudar a estratégia da política monetária. O mercado reduz de 65% para 48% a probabilidade de corte de 0,25 ponto percentual da Selic no Copom de julho.
Entre os pontos mais "hawkish" (mais inclinado ao aperto monetário) da ata do Copom, os analistas destacaram a alteração da avaliação do BC em relação à política fiscal que passou de "neutra" para "expansionista". "O BC não quis criar a percepção que vai reduzir a taxa Selic em breve", destaca Alessandra Ribeiro, economista da Tendências.
Já os pontos mais "dovish" (mais voltado ao afrouxamento) foram as citações sobre a distensão do mercado de trabalho e a mudança de avaliação em relação ao crédito que passou a contemplar uma "moderação" do crédito.
De toda forma, a expectativa da nomeação de uma equipe econômica na Fazenda e no BC mais comprometida com a convergência da inflação para meta abriu espaço para a queda das taxas de juros de longo prazo.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.