IPCA avança para 0,61% em abril e acumula alta de 9,28% em 12 meses
(Atualizada às 9h54) Depois de ceder por dois meses seguidos, a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), acelerou para 0,61% em abril, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em março, o índice de preços tinha aumentado 0,43%. Em abril de 2015, contudo, a elevação tinha sido de 0,71%.
O resultado de abril ficou bem acima da média estimada por consultorias e instituições financeiras consultadas pelo Valor Data, de 0,52%. Também ficou acima do teto do intervalo das estimativas, que ia de 0,46% a 0,56%. Ainda assim, a taxa de abril é a menor para o mês desde 2013, quando marcou 0,55% de incremento.
Com isso, o IPCA acumula alta de 3,25% nos quatro primeiros meses de 2016. No mesmo período do ano passado, o aumento acumulado foi de 4,56%. Nos 12 meses até abril, o índice avançou 9,28%, inferior à taxa acumulada nos 12 meses antecedentes, de 9,39% mas acima da expectativa de analistas, de 9,18%.
O aumento do preço dos medicamentos, de 6,26% no IPCA, foi a principal contribuição para a elevação do índice no mês e reflete parte do reajuste autorizado, de 12,50%, em vigor a partir do dia 1º de abril. Apenas esse item adicionou 0,20 ponto percentual à taxa de 0,61% do período. Os remédios fizeram com que o grupo Saúde e cuidados pessoais subisse de 0,78% para 2,33% entre março e abril. Essa classe de despesa registrou a maior taxa entre as nove pesquisadas pelo IBGE.
Alimentação, embora tenha desacelerado de 1,24% para 1,09%, também pesou na inflação do mês e adicionou outro 0,28 ponto ao IPCA de abril.
Por outro lado, a energia elétrica (queda de 3,11%) foi o item que exerceu o mais expressivo impacto para baixo, de 0,12 ponto percentual. Este comportamento se deve ao fim da cobrança extra da bandeira tarifária. Em 1º de abril, o valor de R$ 1,50 a cada 100 kilowatts-hora consumidos, referente à bandeira amarela, deixou de ser cobrado. As contas de energia ficaram mais baratas em quase todas as regiões pesquisadas.
Nos grupos restantes que compõem o IPCA, houve redução no ritmo de alta em Artigos de residência (de 0,70% para 0,26%), Transportes (de 0,16% para 0,03%), Despesas pessoais (de 0,60% para 0,23%) e Educação (de 0,63% para 0,20%). Em Comunicação, porém, o IBGE acusou uma mudança de rumo - de queda de 1,65% para aumento de 1,47% entre março e abril.
O IPCA mede a inflação para famílias com rendimentos mensais entre um e 40 salários mínimos, que vivem nas regiões metropolitanas de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Vitória, Curitiba, Porto Alegre, Recife, Salvador, Fortaleza, Belém e Brasília, e nos municípios de Goiânia e Campo Grande.
Índices regionais
Com uma alta do preço médio dos alimentos menor que a média nacional e queda de 6,78% no litro do etanol, São Paulo foi a região metropolitana com a menor inflação em abril - o IPCA subiu 0,36%, abaixo da taxa de 0,57% no mês anterior e o menor avanço desde agosto de 2015 (0,24%) na Grande São Paulo.
Além de São Paulo, apenas outras duas regiões metropolitanas, das 13 pesquisadas, ficaram com a inflação abaixo da taxa nacional (0,61%). Em Brasília, a alta foi de 0,43% e em Goiânia, de 0,53%.
Fortaleza foi o local onde os preços mais subiram entre março e abril - nesse período, a inflação acelerou de 0,72% para 1,02%. O avanço foi influenciado principalmente pela taxa de água e esgoto e pela energia elétrica.
A região metropolitana de Porto Alegre sofreu com o reajuste de 14,68% na tarifa de ônibus urbano. A inflação no local acelerou de 0,67% para 0,94%, segundo o IBGE. Porto Alegre e Fortaleza são as duas únicas regiões metropolitanas que ainda somam, no acumulado dos últimos 12 meses, taxas acima de 10%.
O IPCA, em abril, acelerou em Belém de 0,53% para 0,90%; em Curitiba, passou de 0,57% para 075%; em Belo Horizonte, foi de 0,49% para 0,71%; em Campo Grande, cresceu de 0,43% para 0,70%; em Recife, avançou de deflação de 0,04 para alta de 0,69%. Em Salvador, os preços saíram, em média, de queda de 0,14% para incremento de 0,62%; em Vitória, o IPCA foi de 0,16% para 0,62% de alta; e, no Rio de Janeiro, a inflação oficial passou de 0,29% para 0,62%.
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O resultado de abril ficou bem acima da média estimada por consultorias e instituições financeiras consultadas pelo Valor Data, de 0,52%. Também ficou acima do teto do intervalo das estimativas, que ia de 0,46% a 0,56%. Ainda assim, a taxa de abril é a menor para o mês desde 2013, quando marcou 0,55% de incremento.
Com isso, o IPCA acumula alta de 3,25% nos quatro primeiros meses de 2016. No mesmo período do ano passado, o aumento acumulado foi de 4,56%. Nos 12 meses até abril, o índice avançou 9,28%, inferior à taxa acumulada nos 12 meses antecedentes, de 9,39% mas acima da expectativa de analistas, de 9,18%.
O aumento do preço dos medicamentos, de 6,26% no IPCA, foi a principal contribuição para a elevação do índice no mês e reflete parte do reajuste autorizado, de 12,50%, em vigor a partir do dia 1º de abril. Apenas esse item adicionou 0,20 ponto percentual à taxa de 0,61% do período. Os remédios fizeram com que o grupo Saúde e cuidados pessoais subisse de 0,78% para 2,33% entre março e abril. Essa classe de despesa registrou a maior taxa entre as nove pesquisadas pelo IBGE.
Alimentação, embora tenha desacelerado de 1,24% para 1,09%, também pesou na inflação do mês e adicionou outro 0,28 ponto ao IPCA de abril.
Por outro lado, a energia elétrica (queda de 3,11%) foi o item que exerceu o mais expressivo impacto para baixo, de 0,12 ponto percentual. Este comportamento se deve ao fim da cobrança extra da bandeira tarifária. Em 1º de abril, o valor de R$ 1,50 a cada 100 kilowatts-hora consumidos, referente à bandeira amarela, deixou de ser cobrado. As contas de energia ficaram mais baratas em quase todas as regiões pesquisadas.
Nos grupos restantes que compõem o IPCA, houve redução no ritmo de alta em Artigos de residência (de 0,70% para 0,26%), Transportes (de 0,16% para 0,03%), Despesas pessoais (de 0,60% para 0,23%) e Educação (de 0,63% para 0,20%). Em Comunicação, porém, o IBGE acusou uma mudança de rumo - de queda de 1,65% para aumento de 1,47% entre março e abril.
O IPCA mede a inflação para famílias com rendimentos mensais entre um e 40 salários mínimos, que vivem nas regiões metropolitanas de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Vitória, Curitiba, Porto Alegre, Recife, Salvador, Fortaleza, Belém e Brasília, e nos municípios de Goiânia e Campo Grande.
Índices regionais
Com uma alta do preço médio dos alimentos menor que a média nacional e queda de 6,78% no litro do etanol, São Paulo foi a região metropolitana com a menor inflação em abril - o IPCA subiu 0,36%, abaixo da taxa de 0,57% no mês anterior e o menor avanço desde agosto de 2015 (0,24%) na Grande São Paulo.
Além de São Paulo, apenas outras duas regiões metropolitanas, das 13 pesquisadas, ficaram com a inflação abaixo da taxa nacional (0,61%). Em Brasília, a alta foi de 0,43% e em Goiânia, de 0,53%.
Fortaleza foi o local onde os preços mais subiram entre março e abril - nesse período, a inflação acelerou de 0,72% para 1,02%. O avanço foi influenciado principalmente pela taxa de água e esgoto e pela energia elétrica.
A região metropolitana de Porto Alegre sofreu com o reajuste de 14,68% na tarifa de ônibus urbano. A inflação no local acelerou de 0,67% para 0,94%, segundo o IBGE. Porto Alegre e Fortaleza são as duas únicas regiões metropolitanas que ainda somam, no acumulado dos últimos 12 meses, taxas acima de 10%.
O IPCA, em abril, acelerou em Belém de 0,53% para 0,90%; em Curitiba, passou de 0,57% para 075%; em Belo Horizonte, foi de 0,49% para 0,71%; em Campo Grande, cresceu de 0,43% para 0,70%; em Recife, avançou de deflação de 0,04 para alta de 0,69%. Em Salvador, os preços saíram, em média, de queda de 0,14% para incremento de 0,62%; em Vitória, o IPCA foi de 0,16% para 0,62% de alta; e, no Rio de Janeiro, a inflação oficial passou de 0,29% para 0,62%.
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