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Para Lasier Martins (PDT-RS), Dilma não roubou, mas foi conivente

11/05/2016 21h46

Ao sinalizar voto em favor do afastamento de Dilma Rousseff do cargo, nesta quarta-feira, o senador Lasier Martins (PDT-RS) afirmou que a presidente cometeu crime de responsabilidade e infringiu a Lei de Responsabilidade Fiscal. Na análise do senador, a presidente, que foi eleita com 54 milhões de votos, perdeu apoio e teria hoje 10 milhões de votos. Para Lasier, Dilma omitiu problemas na economia durante as eleições só para conseguir um novo mandato, enganando a população. O parlamentar foi o 31º a discursar e ainda há outros 39 inscritos.

No início de seu pronunciamento, Martins afirmou que o governo cometeu infrações com as pedaladas fiscais e ao emitir créditos suplementares. "Foi o governo da gastança, sem autorização legislativa e que ultrapassou a meta fiscal", disse. Segundo o parlamentar, o Senado "tem fundamento para afastar a presidente e, mais adiante, para o provável impeachment".

O senador disse que a presidente não roubou, mas foi conivente com irregularidades em sua gestão. Lasier criticou também Dilma por não ter apoio político nem sustentação no Congresso.

"A presidente eleita com 54 milhões de votos teria hoje, quando muito, 10 milhões de votos, porque frustrou o eleitorado, escondeu a realidade econômica e se valeu de uma campanha extremamente rica, sedutora, com propaganda de televisão incomparável", disse. "Dilma aniquilou a economia nacional, não tem apoio no Congresso, não tem planos, só coleciona déficits", afirmou.

Durante seu discurso no Senado, Lasier criticou a presidente por "não ver o superfaturamento" em obras e elogiou o juiz Sergio Moro por sua atuação na Operação Lava-Jato. "Tomara que o novo governo não ameace de qualquer interferência o trabalho brilhante da Polícia Federal, do Ministério Público e que a gente continue festejando o trabalho corajoso de Sérgio Moro". O senador afirmou ainda que a Operação Lava-Jato é um patrimônio do país.