Número de reclamações contra bancos cai em abril

O Banco Central (BC) computou 2.931 reclamações contra bancos e financeiras em abril, o que representa uma baixa de 10,9% em relação ao mês de março, quando o número foi de 3.289.

Esse volume de reclamações considera apenas aquelas consideradas procedentes, que infringem normas do BC ou do Conselho Monetário Nacional (CMN). Colocando na conta as reclamações reguladas que não ferem normas e as reclamações não reguladas que ferem, por exemplo, normas de fora da alçada do BC, o total de queixas totalizou 17.810 no mês passado, ante 20.283 em março. Uma reclamação pode infringir mais de duas normas ao mesmo tempo.

No ranking de reclamações de instituições com mais de 2 milhões de clientes, o BMG segue na liderança, com índice de 43,35 - resultado de 107 reclamações procedentes para 2,467 milhões de correntistas. O Itaú permanece na segunda colocação, com índice de 10,84, que capta 655 reclamações para 60,380 milhões de clientes. A Caixa Econômica Federal continua na terceira colocação, com índice de 8,88, que reflete 706 queixas para 79,464 milhões de clientes.

O Santander está agora na quarta colocação, com índice de 7,20 (247 reclamações e 34,294 milhões de clientes). Encerrando a lista dos cinco primeiros está o Bradesco, com índice de 7,06, que capta 549 reclamações dentre 77,729 milhões de clientes.

Para construir o ranking, o BC divide os bancos entre os com mais de dois milhões de clientes e os com menos. São considerados clientes aqueles com depósitos (contas correntes e poupanças) cobertos pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC), com operações de crédito e outros tipos de depósitos não cobertos pelo FGC. Para chegar ao índice que define a posição no ranking de reclamações, o BC considera o número de reclamações procedentes, divide pelo número de clientes e multiplica por um milhão.

Entre bancos e financeiras com menos de 2 milhões de clientes, Agiplan lidera, com índice de 112,33, que capta 18 reclamações para 160.233 clientes. Na sequência aparecem CCB, BNP Paribas, Daycoval e Safra.

No ranking geral de reclamações, as queixas envolvendo oferta ou prestação de informação a respeito de produtos e serviços de forma inadequada foram as mais frequentes, com 356 ocorrências. O Itaú respondeu por 138 delas.

As irregularidades relativas à integridade, à confiabilidade, à segurança, ao sigilo ou à legitimidade das operações e serviços apareceram na sequência, com 304 ocorrências. O Itaú respondeu por 97 delas e a Caixa, por 94.

Em terceiro lugar, ficaram débito em conta não autorizado pelo cliente, com 295 queixas. O Santander liderou esse ranking, com 82 casos.

Irregularidades relativas à integridade, à confiabilidade, à segurança, ao sigilo ou à legitimidade das operações e serviços relacionados a cartões de crédito tiveram 284 menções. A Caixa liderou essas reclamações, com 130 ocorrências.