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Vendas de aço têm o pior abril desde 2006, aponta Inda

17/05/2016 12h10

As vendas de aços planos pela rede associada ao Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço (Inda) caíram 8,4% em abril, na relação com o mesmo mês do ano passado, para 246,2 mil toneladas, informou nesta terça-feira a entidade. Na comparação com março, o recuo foi de 15,5%.

Considerando apenas abril, as vendas foram as piores para o mês em questão desde 2006.

No mesmo período, as compras tiveram queda em comparação anual de 11,1%, para 242,3 mil toneladas. Esse montante, em relação a março, significou uma retração de 17%.

Além disso, o Inda disse que as importações de aços planos totalizaram 46,1 mil toneladas no mês passado, recuo de 68,6% ante abril de 2015 e volume 8,6% menor do que em março.

Com esse desempenho, os estoques da rede de distribuição chegaram a 902,9 mil toneladas, 0,4% a menos do que no mês anterior. O giro desses estoques ficaram em 3,7 meses.

Em maio, o instituto acredita que tanto as vendas como as compras das distribuidoras fiquem estáveis em relação à quantidade apresentada em abril.

Queda em 2016

Para o Inda, a queda nas vendas de aços planos por sua rede associada durante este ano se caminha para ser pior do que se esperava inicialmente. A entidade pode rever sua projeção, atualmente de um recuo em 5%, para uma diminuição de 7%.

"Vamos esperar o novo governo que foi composto para ver se há algum ânimo", disse o presidente da Inda, Carlos Loureiro. Por enquanto, de janeiro a abril, a queda acumulada é de 11,9%, para 1,02 milhão de toneladas. O consumo aparente, que inclui importados, recuou 32,1%, para 2,56 milhões de toneladas.

Caso, de fato, recue 7%, o volume de vendas das distribuidoras ficaria próximo a 2,95 milhões de toneladas em 2016. Para efeito de comparação, há pouco tempo, em 2013 - melhor ano da série histórica para a rede do Inda - esse número foi de 4,54 milhões de toneladas.

O desempenho de chapas grossas é um dos que mais contribui para essa queda. No primeiro quadrimestre deste ano, também em comparação anual, as vendas desse produto - usado, por exemplo, em pás eólicas e no setor de petróleo e gás - diminuíram em 37,8%, para 74,5 mil toneladas. As compras de importados também desabaram, um recuo de 85,2% para 14,5 mil toneladas.