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Troca no comando da Eletrobras não será imediata, diz ministro

18/05/2016 15h45

(Atualizada às 15h41) O ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho (PSB), afirmou nesta quarta-feira (18) que o governo não deve trocar o comando da Eletrobras em curto prazo. A estatal atualmente é presidida por José da Costa Carvalho Neto.

"Não estamos falando de substituição [da presidência da Eletrobras] agora. Mas evidentemente esse assunto também será discutido com o presidente [Temer]", disse Coelho Filho, ao deixar o Encontro Nacional dos Agentes do Setor Elétrico (Enase), no Rio de Janeiro.

De acordo com o ministro, a prioridade do governo é solucionar o impasse da entrega dos relatórios 20-F à Securities and Exchange Commission (SEC) e a suspensão da negociação das ADRs na Bolsa de Nova York (Nyse). Ele reafirmou que a Eletrobras deverá entrar com recurso na Nyse sobre o assunto.

"A partir de amanhã, com o recurso da Eletrobras, nós vamos ter, segundo informações, de 60 a 90 dias. Já me reuni segunda-feira com o presidente Costa [José da Costa Carvalho Neto] e o presidente do conselho Wagner Bittencourt, pedindo todo o esforço possível para que a investigação [interna] possa apresentar conclusão que dê o conforto necessário para a auditoria assinar o balanço de 2014 e poder apresentar o 20-F na SEC", disse.

A Nyse informou hoje, em comunicado oficial, que suspendeu as negociações com os recibos de ação (ADRs) da Eletrobras e que iniciou o procedimento de deslistagem (exclusão) da companhia.

Bolsa

A interrupção na negociação dos papéis vale tanto para os ADRs lastreados nas ações ordinárias, negociados sob a sigla EBR, quanto para os recibos com lastro nas ações preferenciais, com o tíquete EBR.B.

Ontem, data da última negociação dos papéis, o EBR fechou em queda de 4,85%, a US$ 1,96, enquanto o EBR.B teve baixa de 3,92%, a US$ 3,43.

Venda de negócios

Coelho Filho afirmou que há consenso no setor sobre a necessidade de a Eletrobras vender negócios, para se reestruturar e recuperar sua condição financeira. Ele, no entanto, não sinalizou quais ativos seriam prioritários para venda.

"É evidente que já chegaram, de pessoas do setor, e de amplo conhecimento, algumas sugestões. É consenso da necessidade de desmobilização de alguns ativos do sistema Eletrobras, mas tudo isso será feito em conjunto com o ministro Moreira Franco, com o ministério do Planejamento, para que a gente possa apresentar um projeto que dê condições de reorganizar o sistema elétrico brasileiro", disse.

Nesta semana, o "Valor" informou que, segundo fontes próximas ao comando da Eletrobras, o governo Temer deve acelerar a venda de negócios da estatal. Além das distribuidoras, há expectativa para a venda de participações minoritárias em usinas e linhas de transmissão.

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