Em gravação, Jucá fala em pacto para deter Lava-Jato, diz jornal
O ministro do Planejamento do governo Michel Temer, Romero Jucá (PMDB-RR), sugeriu ao ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado que uma "mudança" no governo federal resultaria em um pacto para "estancar a sangria" representada pela Operação Lava-Jato, informa a edição desta segunda-feira do jornal "Folha de S. Paulo". Ambos estão sendo investigados pela operação.
Os diálogos, que teriam ocorrido em março, foram gravados de forma ocula e ocorreram algumas semanas antes da votação na Câmara Federal que decidiu pela abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. A gravação, segundo a Folha, estaria nas mãos do procurador geral da República, Rodrigo Janot.
Procurado pelo jornal, o advogado do ministro do Planejamento, Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, negou que seu cliente tenha tentado interferir na Lava-Jato e que as gravações não contêm ilegalidades.
Machado temia que a investigação contra ele saísse do Supremo Tribunal Federal (STF) e fossem para a vara do juiz Sergio Moro, em Curitiba. Ele passou a procurar líderes do PMDB para impedir isso, pois temia que fosse induzido a uma delação premiada. O ex-presidente da Transpetro disse que novas delações na Lava-Jato não deixariam "pedra sobre pedra".
Jucá concordou que o caso de Machado "não pode ficar na mão desse [Moro]". O atual ministro afirmou que seria necessária uma resposta política para evitar que o caso fosse a Curitiba. "Se é político, como é a política? Tem que resolver essa porra. Tem que mudar o governo para estancar essa sangria", diz Jucá, um dos articuladores do impeachment da presidente afastada Dilma. Machado respondeu que era necessária "uma coisa política e rápida".
Jucá relatou ainda que havia mantido conversas com "ministros do Supremo", sem dizer quais eram. Na versão de Jucá ao aliado, eles teriam relacionado a saída de Dilma ao fim das pressões da imprensa e de outros setores pela continuidade das investigações da Lava-Jato.
Os diálogos, que teriam ocorrido em março, foram gravados de forma ocula e ocorreram algumas semanas antes da votação na Câmara Federal que decidiu pela abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. A gravação, segundo a Folha, estaria nas mãos do procurador geral da República, Rodrigo Janot.
Procurado pelo jornal, o advogado do ministro do Planejamento, Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, negou que seu cliente tenha tentado interferir na Lava-Jato e que as gravações não contêm ilegalidades.
Machado temia que a investigação contra ele saísse do Supremo Tribunal Federal (STF) e fossem para a vara do juiz Sergio Moro, em Curitiba. Ele passou a procurar líderes do PMDB para impedir isso, pois temia que fosse induzido a uma delação premiada. O ex-presidente da Transpetro disse que novas delações na Lava-Jato não deixariam "pedra sobre pedra".
Jucá concordou que o caso de Machado "não pode ficar na mão desse [Moro]". O atual ministro afirmou que seria necessária uma resposta política para evitar que o caso fosse a Curitiba. "Se é político, como é a política? Tem que resolver essa porra. Tem que mudar o governo para estancar essa sangria", diz Jucá, um dos articuladores do impeachment da presidente afastada Dilma. Machado respondeu que era necessária "uma coisa política e rápida".
Jucá relatou ainda que havia mantido conversas com "ministros do Supremo", sem dizer quais eram. Na versão de Jucá ao aliado, eles teriam relacionado a saída de Dilma ao fim das pressões da imprensa e de outros setores pela continuidade das investigações da Lava-Jato.
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