Dólar tem ligeira queda em meio a dúvidas sobre apoio a medidas
Depois de operar em baixa pela manhã, o dólar reduziu as perdas frente ao real e fechou em ligeira queda, com os investidores à espera da aprovação da meta fiscal para 2016, prevista para hoje. O mercado avaliou como positivo o pacote de medidas estruturais de ajuste fiscal anunciado hoje pelo governo, mas há dúvida sobre o apoio político para aprová-las no Congresso.
O dólar comercial caiu 0,11% e fechou a R$ 3,5748. Já o contrato futuro operava estável a R$ 3,58.
O dólar reduziu as perdas frente ao real após a Comissão Mista do Orçamento (CMO) no Senado não ter conseguido votar a meta fiscal por falta de quórum. "Na falta de medidas efetivas de ajuste fiscal, com o cancelamento da sessão da CMO e falta de fluxo, o dólar reverteu a queda frente ao real", afirma Italo Abucater, especialista em câmbio da Icap corretora.
A meta segue agora para votação direta no plenário no Congresso, em sessão conjunta da Câmara e do Senado. "O receio do mercado é de que a meta não seja votada hoje ou sofra algum corte", afirma Abucater.
A preocupação do mercado com a capacidade do governo em aprovar as medidas de ajuste fiscal aumentou após o ministro do Planejamento, Romero Jucá, ter pedido exoneração do cargo ontem, após notícia publicada pelo jornal "Folha de S. Paulo", que trouxe o vazamento de conversas entre o ministro do Planejamento e o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, sugerindo a realização de um pacto para deter o avanço das investigações da Operação Lava-Jato.
Mais cedo, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, anunciou uma série de medidas fiscais estruturais, que incluem o estabelecimento de um limite para as despesas primárias do governo, aplicando um teto de gastos para os próximos três anos, a Desvinculação das Despesas da União (DRU), reversão de subsídios e da devolução de R$ 100 bilhões da dívida que o BNDES tem com o Tesouro Nacional. As medidas foram avaliadas como positivas pelo mercado, mas há dúvida sobre o apoio político do governo para aprová-las no Congresso. Além disso, os investidores querem medidas mais efetivas para estabilizar o aumento da dívida pública.
A mudança do governo não trouxe, por enquanto, um aumento do fluxo de investimentos estrangeiros para o Brasil. Dados divulgados hoje pelo Banco Central mostram que o fluxo cambial em maio, até o dia 20, está negativo em US$ 4,066 bilhões, resultado de saída líquida de US$ 9,827 bilhões da conta financeira e de saldo positivo de US$ 5,761 bilhões da conta comercial.
Com isso, a posição dos bancos vendida em dólar no mercado à vista subiu de US$ 23 bilhões em abril para US$ 28,126 bilhões em maio até o dia 20.
O dólar comercial caiu 0,11% e fechou a R$ 3,5748. Já o contrato futuro operava estável a R$ 3,58.
O dólar reduziu as perdas frente ao real após a Comissão Mista do Orçamento (CMO) no Senado não ter conseguido votar a meta fiscal por falta de quórum. "Na falta de medidas efetivas de ajuste fiscal, com o cancelamento da sessão da CMO e falta de fluxo, o dólar reverteu a queda frente ao real", afirma Italo Abucater, especialista em câmbio da Icap corretora.
A meta segue agora para votação direta no plenário no Congresso, em sessão conjunta da Câmara e do Senado. "O receio do mercado é de que a meta não seja votada hoje ou sofra algum corte", afirma Abucater.
A preocupação do mercado com a capacidade do governo em aprovar as medidas de ajuste fiscal aumentou após o ministro do Planejamento, Romero Jucá, ter pedido exoneração do cargo ontem, após notícia publicada pelo jornal "Folha de S. Paulo", que trouxe o vazamento de conversas entre o ministro do Planejamento e o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, sugerindo a realização de um pacto para deter o avanço das investigações da Operação Lava-Jato.
Mais cedo, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, anunciou uma série de medidas fiscais estruturais, que incluem o estabelecimento de um limite para as despesas primárias do governo, aplicando um teto de gastos para os próximos três anos, a Desvinculação das Despesas da União (DRU), reversão de subsídios e da devolução de R$ 100 bilhões da dívida que o BNDES tem com o Tesouro Nacional. As medidas foram avaliadas como positivas pelo mercado, mas há dúvida sobre o apoio político do governo para aprová-las no Congresso. Além disso, os investidores querem medidas mais efetivas para estabilizar o aumento da dívida pública.
A mudança do governo não trouxe, por enquanto, um aumento do fluxo de investimentos estrangeiros para o Brasil. Dados divulgados hoje pelo Banco Central mostram que o fluxo cambial em maio, até o dia 20, está negativo em US$ 4,066 bilhões, resultado de saída líquida de US$ 9,827 bilhões da conta financeira e de saldo positivo de US$ 5,761 bilhões da conta comercial.
Com isso, a posição dos bancos vendida em dólar no mercado à vista subiu de US$ 23 bilhões em abril para US$ 28,126 bilhões em maio até o dia 20.
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