IPCA
0,83 Abr.2024
Topo

Desemprego alcança 23,4% em Salvador e 16,8% em SP, notam Seade/Dieese

25/05/2016 13h20

O desemprego aumentou em quatro de cinco regiões entre março e abril, segundo a pesquisa de emprego e desemprego da Fundação Seade em conjunto com o Dieese. Na comparação com o mesmo período de 2015, houve alta expressiva do desemprego em todas as regiões.

Salvador foi a região metropolitana em que a desocupação mais aumentou. É também a que tem a maior taxa entre as pesquisadas. Ali, o desemprego atingiu 23,4% da População Economicamente Ativa (PEA) em abril, após marcar 21,3% em março. Na Grande São Paulo, ocorreu a segunda maior alta, de 15,9% para 16,8%.

Nas duas regiões houve um aumento da população economicamente ativa, ou seja, cresceu o número de pessoas no mercado de trabalho. Entretanto, além de essas pessoas não terem encontrado uma ocupação, outro tanto foi demitido, elevando, assim, taxa de desemprego de forma mais pronunciada. Em São Paulo, a PEA aumentou em 113 mil pessoas. Outras 5 mil foram demitidas. Assim, a população desempregada cresceu em 118 mil pessoas, para 1,75 milhão. Em Salvador, a PEA aumentou 26 mil e as demissões foram de 18 mil em abril, elevando o número de desempregados em 44 mil, para 395 mil pessoas.

As outras duas regiões onde o desemprego aumentou foram Fortaleza (de 13,1% para 13,6%) e Distrito Federal (de 18,1% para 18,6%). Em Porto Alegre, houve pequena queda, de 10,7% para 10,5%.

Na comparação com abril de 2015, o desemprego subiu em todas as regiões. No Distrito Federal, passou de 14,1% para 18,6%, em Fortaleza, de 7,9% para 13,6%, em Porto Alegre, de 7,3% para 10,5%, em Salvador, de 17,5% para 23,4%, e, em São Paulo, de 12,4% para 16,8%.

Setores

A indústria de transformação registrou aumento de postos de trabalho em Porto Alegre (6,3%, ou geração de 16 mil postos) e São Paulo (1,3%, ou 18 mil) e redução nas demais regiões: no Distrito Federal (-6,0%, ou eliminação de 3 mil postos), e, em menor intensidade, em Salvador (-0,9%, ou -1 mil) e Fortaleza (0,8%, ou -2 mil).

Já na construção civil, o nível ocupacional elevou-se apenas Porto Alegre (9,4%, ou geração de 10 mil postos). Nas demais regiões houve eliminação de postos de trabalho em Salvador (-6,6%, ou -8 mil), Fortaleza (-6,5%, ou -9 mil), São Paulo (-4,3%, ou -28 mil) e no Distrito Federal (-3,0% ou -2 mil).

No comércio e reparação de veículos e motocicletas, o nível ocupacional reduziu-se em todas as regiões pesquisadas: Porto Alegre (-6,2%, ou menos 21 mil ocupados), Salvador (-3,6%, ou -10 mil), no Distrito Federal (1,7%, ou -4 mil), Fortaleza (-1,3%, ou -5 mil) e São Paulo (-1,2%, ou -19 mil).

No setor de serviços, verificou-se aumento no nível ocupacional em Porto Alegre (3,2%, ou mais 30 mil ocupados), Fortaleza (3,2%, ou 25 mil), no Distrito Federal (1,3%, ou 12 mil) e, em menor proporção, São Paulo (0,5%, ou 25 mil ocupados). Em Salvador, manteve-se o mesmo número de ocupados no setor.

Renda

Quanto à renda, em março de 2016, ante fevereiro, o rendimento médio real dos ocupados aumentou em Porto Alegre (1,9%, passando a equivaler a R$ 1.935) e caiu nas demais regiões: em Fortaleza (-2,5%, R$ 1.237), Salvador (-2,2%, R$ 1.263), São Paulo (-2,0%, R$ 1.952) e no Distrito Federal (-0,6%, R$ 2.866).

O salário médio dos assalariados elevou-se apenas em Porto Alegre (2,6%, passando a equivaler R$ 1.834) e reduziu-se em Salvador (-2,7%, passando a corresponder a R$ 1.333), São Paulo (-2,0%, R$ 2.007), Fortaleza (-1,8%, R$ 1.337) no Distrito Federal (-1,1%, R$ 3.001).

Já na comparação com março do ano passado, o rendimento médio real dos ocupados caiu em todas as regiões pesquisadas: Salvador (-11,5%, passando a equivaler a R$ 1.263), Fortaleza (-8,8%, R$ 1.237), Porto Alegre (-6,7%, R$ 1.935), São Paulo (-5,7%, R$ 1.952) e no Distrito Federal (-3,4%, R$ 2.866).

O salário médio dos assalariados recuou em Salvador (11,5%, passando a equivaler R$ 1.333), Porto Alegre (-9,7%, R$ 1.834), no Distrito Federal (-5,1%, R$ 3.001), Fortaleza (-5,1%, R$ 1.337) e São Paulo (-4,1%, R$ 2.007).