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Confiança da indústria avança em maio, com melhora das expectativas

31/05/2016 09h05

O Índice de Confiança da Indústria (ICI) medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV) aumentou pelo terceiro mês consecutivo e alcançou o maior nível desde março de 2015, puxado pela melhora das expectativas. O indicador subiu 1,7 ponto, de 77,5 em abril para 79,2 pontos em maio. A prévia da sondagem, divulgada há uma semana, sinalizava aumento menor, de 1,3 ponto. Na comparação com maio de 2015, a alta foi de 1,9 ponto.

A melhora ocorreu nos dois horizontes de tempo da pesquisa, mas foi maior no Índice de Expectativas (IE), que avançou 2,6 pontos, para 78,2 pontos. O Índice da Situação Atual (ISA) cresceu 0,7 ponto, para 80,5 pontos. Ambos registraram o maior patamar desde março de 2015.

"Após a terceira alta consecutiva, a confiança industrial se distancia do mínimo histórico de agosto passado. O setor já realizou parte do ajuste de estoques e percebe diminuição do ritmo de queda da demanda. Mas, apesar da redução do pessimismo nos dois últimos meses, há ainda muita incerteza, como as relacionadas ao potencial de crescimento do consumo interno e ao ambiente político", afirma Aloisio Campelo Jr., superintendente adjunto para Ciclos Econômicos da FGV-Ibre.

A maior contribuição para a alta do IE veio do indicador de perspectivas para a produção nos três meses seguintes. Após marcar o mínimo histórico em março, o indicador sobe pelo segundo mês consecutivo (5,1 pontos em maio), para 83,7 pontos. O percentual de empresas prevendo reduzir a produção nos meses seguintes em relação aos três meses anteriores caiu de 32,5% para 28,7%, enquanto a parcela de empresas que espera aumentar a produção manteve-se estável em 23,4%.

A melhora das avaliações sobre a situação dos negócios foi a principal causa da alta do ISA no mês. Com o segundo avanço consecutivo, o indicador atingiu 76,8 pontos, 1,4 ponto acima do observado no mês anterior. A recente melhora da percepção sobre a demanda interna também é destaque em maio: o indicador subiu 1,5 ponto, para 77,3 pontos, na terceira alta consecutiva.

Apesar da melhora da confiança, a indústria esteve mais ociosa em maio. O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) diminuiu 0,5 ponto percentual, para 73,8%. A queda devolve parte da alta do mês anterior, fazendo com que o Nuci feche o mês apenas 0,2 ponto acima do mínimo histórico registrado em fevereiro passado.

A edição de maio da sondagem da indústria de transformação colheu informações de 1.131 empresas entre os dias 2 e 24 deste mês.