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Após duas quedas, atividade da indústria de SP fica estável, vê Fiesp

02/06/2016 12h06

Após duas quedas fortes, a atividade da indústria de São Paulo ficou praticamente estável em abril, informa a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). O indicador de atividade industrial (INA) calculado pelo departamento econômico da entidade (Depecon) subiu 0,03% em abril, após recuar 1,14% em março e cair 1,12% em fevereiro. No ano, a queda ainda é forte, de 10,5%. Em 12 meses, há retração de 8,8%.

De acordo com o gerente do Depecon, Guilherme Moreira, a melhora relativa indicada pelo INA ainda tem que ser confirmada. "É preciso cautela, mas nossa esperança é que o INA pare de cair e comece a caminhar para uma estabilização, mas ainda não há dados suficientes para afirmar que seja um processo de retomada", explicou, em nota.

Moreira afirma, ainda, que a retomada da indústria também depende do mercado externo. Neste quesito há sinais de recuperação em alguns setores, como celulose e papel. No lado interno, o setor depende da volta da confiança e do consumo no país.

A projeção da Fiesp é que a atividade da indústria paulista feche 2016 com queda de 5,3%, depois de contração de 6,2% em 2015 e de 6,0% em 2014

A atividade do setor de celulose e papel registrou alta de 2,5% em abril, em relação ao mês de março, na série sem o ajuste sazonal, com destaque para o aumento de 5,9% no total de vendas reais, de 2,7% nas horas trabalhadas na produção e de 0,44 ponto percentual no Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci).

Na outra ponta, o setor têxtil apresentou queda do INA de 1,4% em abril, também na série sazonalmente ajustada. Todas as variáveis caíram: total de vendas reais (-2,8%), horas trabalhadas na produção (-1,4%) e Nuci (-0,2 ponto)

Expectativa cai

A pesquisa Sensor - que apura as expectativas da indústria - fechou em 46,1 pontos, na série livre de influências sazonais, contra 46,4 pontos de abril, mantendo-se abaixo dos 50,0 pontos, o que sinaliza queda das expectativas para o indicador.

No caso das vendas houve aumento, passando de 46,0 pontos em abril para 47,2 em maio. Condições de mercado, nível de estoque, nível de emprego e investimentos registraram queda.