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Nova secretária de Mulheres é investigada por fraude, diz jornal

03/06/2016 13h16

Indicada pelo governo interino de Michel Temer pata a Secretaria de Políticas para as Mulheres, a ex-deputada Fátima Pelaes (PMDB-AP) é apontada em investigação do Ministério Público Federal como integrante de uma "articulação criminosa" para desviar R$ 4 milhões de suas emendas parlamentares. A informação foi publicada pelo jornal "Folha de S. Paulo" nesta sexta-feira.

Sua nomeação para o cargo, vinculado ao Ministério da Justiça, deve ocorrer nos próximos dias.

Segundo um relatório da Procuradoria-Geral da República, a suspeita de envolvimento dela no esquema foi desmantelada pela Operação Voucher, em 2011, segundo o jornal. Na época, o nome de Fátima foi ligado a uma ONG fantasma que havia celebrado convênio com o Ministério do Turismo dois anos antes.

Segundo a reportagem, o inquérito aberto em 2013 pelo Supremo Tribunal Federal (STF) foi devolvido à Justiça Federal do Amapá no ano passado, depois que Fátima deixou de ser deputada. As investigações estão em andamento. Os sigilos fiscal, bancário e telefônico dela foram quebrados.

Nos autos, segundo o jornal, está o pedido de abertura de investigação feito em 30 de novembro de 2012 pelo então procurador-geral da República, Roberto Gurgel. Segundo a investigação, Fátima indicou uma ONG fantasma chamada Ibrasi para receber R$ 4 milhões de suas emendas para promover o turismo no Amapá. Quatro depoimentos a apontaram como beneficiária de parte do dinheiro.

Segundo a PGR, "é razoável supor que o objeto inicial da celebração do convênio era o desvio e a apropriação dos R$ 4 milhões".

Fátima Pelaes respondeu ao jornal, por meio da assessoria: "Eu confio no trabalho da polícia e da Justiça e estou tranquila de que tudo será esclarecido".

De acordo com a reportagem, o inquérito sobre Fátima Pelaes poderá se transformar em denúncia à Justiça ou ser arquivado.