Dólar fecha abaixo de R$ 3,50 após discurso da presidente do Fed
O dólar fechou em queda frente ao real acompanhando o movimento no exterior após o discurso da presidente do Federal Reserve, Janet Yellen, ter reforçado as apostas em uma postergação da alta de juros nos Estados Unidos no curto prazo. Essa expectativa ganhou força na sexta-feira após a divulgação de dados mais fracos que o esperado do relatório de emprego dos EUA de abril.
O dólar comercial fechou em queda de 0,98% a R$ 3,4898, menor patamar desde 17 de maio. No mercado futuro, o contrato para julho recuava 1,01% para R$ 3,518.
O mercado de câmbio local acompanhou o movimento de queda do dólar frente às principais moedas emergentes, sustentado pelos comentários da presidente do Fed, que reduziram as chances de uma alta de juros nos Estados Unidos na reunião de junho.
A presidente do Fed disse nesta segunda-feira, em evento na Filadélfia, que a política monetária do Fed responde aos dados, mas que acreditar ser apropriado elevar a taxa de juros gradualmente. "Após o dado fraco do relatório de emprego e o discurso da Yellen achamos que é mais provável uma alta de juros nos EUA na reunião de setembro, que será acompanhada de discurso da presidente do Fed", afirma o economista da Guide Investimentos, Ignacio Crespo Rey.
A queda do dólar abaixo do patamar de R$ 3,50 aumenta a expectativa dos agentes de mercado de que o Banco Central volte a intervir no câmbio por meio da venda de swaps cambiais reversos, que equivalem a uma compra de dólares no mercado futuro. Desde do dia 18 de maio, o BC tem se mantido fora do mercado de câmbio.
A autoridade monetária tem aproveitado os movimentos de queda da moeda americana para reduzir o estoque de contratos de swap cambial tradicional, que soma US$ 62,136 bilhões. Essas atuações tem se intensificado quando a moeda americana cai abaixo de R$ 3,50, o que aumenta a expectativa do mercado em relação ao retorno das intervenções quando o dólar cai para perto desse nível. "O mercado vai ficar atento, esperando alguma coisa com o dólar caindo moderadamente", afirma José Carlos Amado, operador da corretora Spinelli.
No mercado local, os investidores ainda acompanharam o noticiário político, temendo novas baixas no governo interino de Michel Temer. Matéria do jornal "Folha de S. Paulo" apontou que o ministro do Turismo, Henrique Alves, do PMDB, teria atuado para obter recursos desviados da Petrobras em troca de favores para a empreiteira OAS, segundo informações que constam no pedido de abertura de inquérito enviado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, para o Supremo Tribunal Federal (STF). Desde o início do governo Temer, dois ministros já pediram afastamento dos cargos, Romero Jucá (Planejamento) e Fabiano Silveira (Transparência, Controle e Fiscalização). "Acho que se aparecerem novas denúncias envolvendo ministros mais próximos do presidente Temer a reação do mercado pode ser mais negativa", diz Rey.
O mercado hoje também reagiu positivamente a notícias publicadas no fim de semana sobre a possível deleção premiada da Odebrecht, que teria citado que a presidente Dilma Rousseff teria recebido R$ 12 milhões da empresa para a campanha para Presidência da República em 2014. "Se a probabilidade da presidente Dilma voltar já era baixa, com essas denúncias ficou menor ainda", diz Rey.
O dólar comercial fechou em queda de 0,98% a R$ 3,4898, menor patamar desde 17 de maio. No mercado futuro, o contrato para julho recuava 1,01% para R$ 3,518.
O mercado de câmbio local acompanhou o movimento de queda do dólar frente às principais moedas emergentes, sustentado pelos comentários da presidente do Fed, que reduziram as chances de uma alta de juros nos Estados Unidos na reunião de junho.
A presidente do Fed disse nesta segunda-feira, em evento na Filadélfia, que a política monetária do Fed responde aos dados, mas que acreditar ser apropriado elevar a taxa de juros gradualmente. "Após o dado fraco do relatório de emprego e o discurso da Yellen achamos que é mais provável uma alta de juros nos EUA na reunião de setembro, que será acompanhada de discurso da presidente do Fed", afirma o economista da Guide Investimentos, Ignacio Crespo Rey.
A queda do dólar abaixo do patamar de R$ 3,50 aumenta a expectativa dos agentes de mercado de que o Banco Central volte a intervir no câmbio por meio da venda de swaps cambiais reversos, que equivalem a uma compra de dólares no mercado futuro. Desde do dia 18 de maio, o BC tem se mantido fora do mercado de câmbio.
A autoridade monetária tem aproveitado os movimentos de queda da moeda americana para reduzir o estoque de contratos de swap cambial tradicional, que soma US$ 62,136 bilhões. Essas atuações tem se intensificado quando a moeda americana cai abaixo de R$ 3,50, o que aumenta a expectativa do mercado em relação ao retorno das intervenções quando o dólar cai para perto desse nível. "O mercado vai ficar atento, esperando alguma coisa com o dólar caindo moderadamente", afirma José Carlos Amado, operador da corretora Spinelli.
No mercado local, os investidores ainda acompanharam o noticiário político, temendo novas baixas no governo interino de Michel Temer. Matéria do jornal "Folha de S. Paulo" apontou que o ministro do Turismo, Henrique Alves, do PMDB, teria atuado para obter recursos desviados da Petrobras em troca de favores para a empreiteira OAS, segundo informações que constam no pedido de abertura de inquérito enviado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, para o Supremo Tribunal Federal (STF). Desde o início do governo Temer, dois ministros já pediram afastamento dos cargos, Romero Jucá (Planejamento) e Fabiano Silveira (Transparência, Controle e Fiscalização). "Acho que se aparecerem novas denúncias envolvendo ministros mais próximos do presidente Temer a reação do mercado pode ser mais negativa", diz Rey.
O mercado hoje também reagiu positivamente a notícias publicadas no fim de semana sobre a possível deleção premiada da Odebrecht, que teria citado que a presidente Dilma Rousseff teria recebido R$ 12 milhões da empresa para a campanha para Presidência da República em 2014. "Se a probabilidade da presidente Dilma voltar já era baixa, com essas denúncias ficou menor ainda", diz Rey.
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