Dólar cai abaixo de R$ 3,45 com cenário externo positivo
O dólar comercial fechou em queda frente ao real, movimento sustentado pela queda da moeda americana no cenário externo e pela percepção do mercado de que o presidente indicado para o Banco Central, Ilan Goldfajn, deve adotar uma postura menos intervencionista no câmbio. Esses fatores acabaram prevalecendo sobre as notícias negativas do lado político e sustentaram a alta do real.
A leitura de que o próximo presidente do BC deve adotar uma postura de menor intervenção no mercado de câmbio em relação à política cambial atual foi reforçada pelas declarações de Ilan durante sabatina na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) no Senado nesta terça-feira, em que sua nomeação para o BC foi aprovada. Ele destacou que "o câmbio flutuante mostrou importância para enfrentar crises externas e para o equilíbrio da economia".
Essas declarações abriram espaço para uma redução das posições, com o BC não devendo mirar um patamar para o câmbio.
O dólar comercial fechou em queda de 1,18% a R$ 3,4486, menor patamar desde 11 de maio. Já o contrato futuro para julho recuava 1,29% para R$ 3,472.
Ilan afirmou que tanto o estoque de reservas internacionais quanto o uso dos swaps cambiais têm de ser discutidos no futuro, quando a tranquilidade do cenário permitir.
O presidente indicado para o BC ainda destacou que ficou satisfeito com a redução do estoque de swaps cambiais, que chegou a US$ 110 bilhões e caiu para US$ 60 bilhões, e que o custo do swap poderia, assim como o das reservas, ser contabilizado no balanço do BC.
A leitura do mercado é de que o novo presidente deve ter uma postura menos intervencionista no câmbio, tendendo a deixar vencer os contratos de swap cambial tradicional que estão no mercado, sem necessariamente acelerar essa redução do estoque por meio da venda de swaps reversos como vinha fazendo o BC. "Ilan deixou claro que o BC não mira nenhum patamar de câmbio e deve realizar o leilão de swap reverso apenas quando houver um movimento muito forte e rápido de valorização do real", afirma o tesoureiro de um banco estrangeiro.
O BC aproveitou o movimento de venda de dólar com a mudança no cenário político para reduzir o estoque de swaps cambiais tradicionais. O fato do BC intensificar essas intervenções quando o câmbio recuava abaixo de R$ 3,50 tinha levado o mercado a trabalhar com esse patamar como um piso para o câmbio. A sinalização do novo presidente do BC , no entanto, segundo analistas, é de que as intervenções vão depender mais da velocidade de valorização do real do que de um patamar específico para o câmbio.
O movimento do mercado de câmbio local também foi influenciado pelo movimento global de queda do dólar frente às principais divisas emergentes diante da percepção de que o Federal Reserve não deve subir a taxa básica de juros no curto prazo.
Com a melhora da aversão a risco no mercado externo, empresas brasileiras voltaram a captar recursos no exterior. A Vale captou hoje US$ 1,25 bilhão por meio de emissão de bônus. Pelo menos outras duas empresas, a Eldorado e a Cosan, planejam uma emissão para esta semana. O retorno das captações externas é outro fator que pode contribuir para queda do dólar frente ao real e tem prevalecido sobre as notícias negativas no cenário político, levando os gestores locais a ampliarem a posição vendida em dólar no mercado futuro.
Os investidores institucionais, categoria que reúne os fundos de investimentos locais, reduziram a posição comprada em dólar (em contratos futuros e cupom cambial) de US$ 7,406 bilhões, no fim de maio, para US$ 6,374 bilhões em 6 de junho. "Os fundos de investimentos estão ampliando a posição vendida em dólar apostando que o governo vai conseguir aprovar as medidas fiscais", diz um tesoureiro de um banco estrangeiro.
Já os investidores estrangeiros ampliaram a posição comprada na moeda americana de US$ 11,488 bilhões para US$ 13,369 bilhões no período.
A leitura de que o próximo presidente do BC deve adotar uma postura de menor intervenção no mercado de câmbio em relação à política cambial atual foi reforçada pelas declarações de Ilan durante sabatina na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) no Senado nesta terça-feira, em que sua nomeação para o BC foi aprovada. Ele destacou que "o câmbio flutuante mostrou importância para enfrentar crises externas e para o equilíbrio da economia".
Essas declarações abriram espaço para uma redução das posições, com o BC não devendo mirar um patamar para o câmbio.
O dólar comercial fechou em queda de 1,18% a R$ 3,4486, menor patamar desde 11 de maio. Já o contrato futuro para julho recuava 1,29% para R$ 3,472.
Ilan afirmou que tanto o estoque de reservas internacionais quanto o uso dos swaps cambiais têm de ser discutidos no futuro, quando a tranquilidade do cenário permitir.
O presidente indicado para o BC ainda destacou que ficou satisfeito com a redução do estoque de swaps cambiais, que chegou a US$ 110 bilhões e caiu para US$ 60 bilhões, e que o custo do swap poderia, assim como o das reservas, ser contabilizado no balanço do BC.
A leitura do mercado é de que o novo presidente deve ter uma postura menos intervencionista no câmbio, tendendo a deixar vencer os contratos de swap cambial tradicional que estão no mercado, sem necessariamente acelerar essa redução do estoque por meio da venda de swaps reversos como vinha fazendo o BC. "Ilan deixou claro que o BC não mira nenhum patamar de câmbio e deve realizar o leilão de swap reverso apenas quando houver um movimento muito forte e rápido de valorização do real", afirma o tesoureiro de um banco estrangeiro.
O BC aproveitou o movimento de venda de dólar com a mudança no cenário político para reduzir o estoque de swaps cambiais tradicionais. O fato do BC intensificar essas intervenções quando o câmbio recuava abaixo de R$ 3,50 tinha levado o mercado a trabalhar com esse patamar como um piso para o câmbio. A sinalização do novo presidente do BC , no entanto, segundo analistas, é de que as intervenções vão depender mais da velocidade de valorização do real do que de um patamar específico para o câmbio.
O movimento do mercado de câmbio local também foi influenciado pelo movimento global de queda do dólar frente às principais divisas emergentes diante da percepção de que o Federal Reserve não deve subir a taxa básica de juros no curto prazo.
Com a melhora da aversão a risco no mercado externo, empresas brasileiras voltaram a captar recursos no exterior. A Vale captou hoje US$ 1,25 bilhão por meio de emissão de bônus. Pelo menos outras duas empresas, a Eldorado e a Cosan, planejam uma emissão para esta semana. O retorno das captações externas é outro fator que pode contribuir para queda do dólar frente ao real e tem prevalecido sobre as notícias negativas no cenário político, levando os gestores locais a ampliarem a posição vendida em dólar no mercado futuro.
Os investidores institucionais, categoria que reúne os fundos de investimentos locais, reduziram a posição comprada em dólar (em contratos futuros e cupom cambial) de US$ 7,406 bilhões, no fim de maio, para US$ 6,374 bilhões em 6 de junho. "Os fundos de investimentos estão ampliando a posição vendida em dólar apostando que o governo vai conseguir aprovar as medidas fiscais", diz um tesoureiro de um banco estrangeiro.
Já os investidores estrangeiros ampliaram a posição comprada na moeda americana de US$ 11,488 bilhões para US$ 13,369 bilhões no período.
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