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IGP-DI sobe 1,13% em maio e tem maior taxa para o mês desde 2010

07/06/2016 08h56

A inflação medida pelo Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) acelerou para 1,13% em maio, depois de marcar 0,36% em abril, informa a Fundação Getulio Vargas (FGV). É a maior taxa para o mês desde 2010, quando o índice subiu 1,57%. O IGP-DI foi pressionado pelo forte aumento do preço da soja em farelo e em grão, do milho e do leite in natura, no atacado, e por tarifas de água, esgoto e eletricidade , no varejo.

No ano, o IGP-DI acumula alta de 4,32% e, em 12 meses, de 11,26%.

No atacado, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) subiu 1,49% em maio, seguindo acréscimo de 0,29% um mês antes. Os produtos agropecuários dispararam 3,31%, após elevação de 1,14%, e os produtos industriais subiram 0,71%, invertendo a direção tomada em abril, de queda de 0,07%.

As principais influências para a alta do IPA foram a soja em grão, que saiu de alta de 3% em abril para 14,01% em maio, e o farelo de soja (-0,74% para 25,19%). Milho (6,62% para 9,61%) e leite (4,57% para 5,18%) também contribuíram. O minério de ferro desacelerou (5,70% para 2,88%), mas ainda pressionou a inflação no atacado.

Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu 0,64% em maio, vindo de um incremento de 0,49% em abril, puxado pelo grupo Habitação (-0,29% para 0,77%), que por sua vez foi pressionado pela alta na tarifa de eletricidade residencial (-3,75% para 2,20%). Taxa de água e esgoto também subiu, de 0,26% para 2,70%.

Avançaram mais ainda Despesas diversas (0,28% para 3,65%), Alimentação (0,69% para 0,77%) e Comunicação (0,14% para 0,29%), por causa de itens como cigarros (0,29% para 8,70%), hortaliças e legumes (-1,92% para 2,21%) e mensalidade para internet (0,66% para 2,03%), respectivamente.

Em contrapartida, desaceleraram Transportes (0,32% para -0,42%), Saúde e cuidados pessoais (2,41% para 1,36%), Vestuário (0,74% para 0,65%) e Educação, leitura e recreação (-0,09% para -0,13%), refletindo tarifa de ônibus urbano (1,26% para -0,28%), medicamentos em geral (7,01% para 2,83%), roupas (0,90% para 0,71%) e salas de espetáculo (0,78% para -0,61%), respectivamente.

Por fim, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) verificou em maio avanço de 0,08%, abaixo do resultado do mês anterior, de 0,55% de alta. O índice relativo a materiais, equipamentos e serviços mostrou variação positiva de 0,07% e aquele que representa o custo da mão de obra teve acréscimo de 0,09%.
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