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Bovespa cai mais de 3% com tensão no mercado internacional

10/06/2016 17h41

O mercado internacional não deu trégua e o Ibovespa fechou em baixa de 3,32% aos 49.422 pontos. O índice começou o dia em queda, acompanhando a desvalorização das bolsas internacionais e a redução no preço das commodities. No meio da tarde, o movimento de aversão ao risco ganhou força com a divulgação de uma pesquisa de opinião sobre a permanência ou não do Reino Unido na União Europeia, realizada pelo jornal The Independent. O levantamento mostrou que 55% dos ouvidos preferem a saída do país da União Europeia. Foi a primeira vez que a diferença entre posições ficou tão explícita.

"Os ativos ainda vão precificar de maneira negativa às expectativas em relação ao plebiscito, previsto para o dia 23 de junho", disse Ricardo Kim, analista da XP Investimentos. Ele considera que a aversão aos ativos de risco deve aumentar, com as bolsas europeias e americanas em baixa. "Neste cenário, o Ibovespa também pode reagir de maneira negativa", disse.

Entre as ações mais negociadas, as maiores baixas ficaram com os papéis das empresas exportadoras de commodities metálicas, cujos preços dos produtos caíram no mercado internacional. Os papéis da Usiminas PNA caíram 10,05%, a maior baixa do dia, CSN ON teve baixa de 7,82%, Gerdau Metalúrgica PN caiu 5,96%, Gerdau PN teve baixa de 5,17%, Vale PNA caiu 4,80% e Vale ON teve baixa de 4,77%. Nenhuma ação fechou em alta.

A queda na cotação do preço do barril do petróleo ajudou a derrubar as ações da Petrobras. O contrato de petróleo tipo WTI caiu 3,2% e o tipo Brent caiu 2,9%. Os papéis da Petrobras ON caíram 6,12% e as ações PN tiveram baixa de 4,35%.

As ações dos bancos caíram na bolsa americana e contribuíram para a queda dos papéis do sistema financeiro. As ações do Banco do Brasil ON caíram 4,88%, Itaú Unibanco PN teve baixa de 5,12%, Santander Unit caiu 3,96%, Bradesco ON teve baixa de 3,10% e Bradesco PN caiu 3,99%.

O giro financeiro ficou em R$ 4,2 bilhões, abaixo da média diária do mês, de R$ 4,6 bilhões. Na semana, o Ibovespa acumula queda de 2,37%.

Na próxima semana, o investidor deve continuar mantendo a cautela, já que na quarta-feira o Fomc, o comitê do banco central dos Estados Unidos, anuncia a taxa de juros americana. A expectativa dos analistas é de que os juros fiquem entre 0,25% e 0,50%, mas eles querem conhecer os detalhes do comunicado que será divulgado após a reunião. A nota pode dar sinais de quando o Fed, o banco central americano, pretende subir os juros. A expectativa é de que esse movimento ocorra em dezembro. Uma elevação dos juros americanos não favorece a aplicação em países emergentes.