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Dólar fecha em alta com tensão no exterior e comentário de Ilan

13/06/2016 17h51

O dólar comercial fechou em alta frente ao real refletindo o movimento de maior aversão a risco no exterior diante da preocupação com uma possível saída do Reino Unido da União Europeia, cujo referendo sobre essa decisão está marcado para 23 de junho. Além disso, dados mais fracos da China tiveram impacto negativo para as divisas atreladas a commodities. No mercado local, comentários do novo presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, na cerimônia de transferência de cargo, ajudaram a reforçar a alta da moeda americana ao sinalizar que o BC poderá continuar com a redução do estoque dos swaps cambiais tradicionais via a colocação de swaps reversos.

O dólar comercial subiu 1,67%, encerrando a R$ 3,4862. Já o contrato futuro para julho avançava 1,88% para R$ 3,503.

O real liderou as perdas frente ao dólar entre as moedas emergentes, refletindo um movimento de correção, após o dólar ter acumulado queda de 2,71% frente á moeda brasileira na semana passada.

Analistas ainda afirmam ter verificado um fluxo mais negativo no mercado local.

O mercado de câmbio refletiu o ambiente de maior cautela no exterior diante da preocupação com uma possível saída do Reino Unido da UE e incerteza em relação à alta de juros nos Estados Unidos, aguardando a decisão de política monetária do Federal Reserve na quarta-feira. O temor é que a saída do Reino Unido da UE desencadeie um movimento de fuga de ativos de risco, o que poderia prejudicar os mercados emergentes.

No mercado local, os investidores ainda repercutiram o discurso do novo presidente de o BC. Ilan destacou que o BC "poderá utilizar com parcimônia as ferramentas cambiais que dispõe". Nesse sentido, ele poderá reduzir sua exposição cambial em determinado instrumento em "ritmo compatível com o normal funcionamento do mercado, quando e se estiverem presentes as adequadas condições", destacou.

Os comentários foram interpretados pelo mercado como uma sinalização de que o BC pode continuar com a redução do estoque de swaps cambiais tradicionais se as condições do mercado permitirem, via a colocação de swaps reversos, que equivalem a uma compra de dólar no mercado futuro. Desde 18 de maio o BC não atua no mercado de câmbio.

O estoque de swaps cambiais soma US$ 62,136 bilhões e o BC vinha reduzindo esse estoque desde de março, já que esses instrumentos têm um impacto fiscal na dívida bruta.