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Cerca de 40% dos brasileiros têm restrição de crédito, diz SPC

16/06/2016 13h16

O número de consumidores com contas em atraso e com CPFs negativados se manteve estável no Brasil em maio, de acordo com estimativa do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL).

No mês passado, cerca de 50 mil brasileiros foram inscritos nos cadastros de restrição ao crédito, totalizando cerca de 59,25 milhões de consumidores em todo o país com o CPF negativado. Os dados significam que 39,91% da população brasileira com idade entre 18 e 95 anos estão inadimplentes e com o nome registrado em serviços de proteção ao crédito.

O aumento de 50 mil nomes em maio é considerado uma estabilização: de março para abril o crescimento tinha sido de 500 mil brasileiros, totalizando 59,20 milhões.

Mesmo que o número de negativados não tenha crescido substancialmente em maio, quando comparado com meses anteriores,

Na variação anual, ou seja, maio frente a igual período do ano passado, houve um aumento de 4,26% no número de inadimplentes no consolidado das quatro regiões analisadas: Nordeste, Norte, Centro-Oeste e Sul.

O indicador não considera os dados da região Sudeste, que estão suspensos devido à entrada em vigor da Lei Estadual 16.569/2015, conhecida como ?Lei do AR', que dificulta a negativação de inadimplentes em São Paulo.

Segundo o presidente da CNDL, Honório Pinheiro, apesar da estabilização na quantidade de consumidores negativados, "ainda é cedo para afirmar que tenha havido uma reversão da tendência de crescimento da inadimplência que temos visto no último ano".

O indicador do SPC Brasil também verificou um crescimento de 3,57% na quantidade de dívidas registradas nos cadastros de inadimplentes das quatro regiões consideradas na comparação anual - maio deste ano frente ao mesmo mês do ano passado. Na variação mensal, entre abril e maio de 2016, houve uma leve retração de 0,16%.

A abertura do indicador de dívidas em atraso por setor da economia mostra que o brasileiro ainda enfrenta dificuldades para realizar o pagamento até mesmo de contas básicas. Atrasos no pagamento com as empresas concessionárias de serviços como água e luz tiveram alta de 10,71% na comparação entre maio deste e do ano passado.

Mas as dívidas com os bancos são as que concentram, proporcionalmente, o maior número de pendências, com a participação de 41,68% no total de dívidas em atraso das quatro regiões, seguido do comércio, com 24,19% e do setor de comunicação, com 13,51%.