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Juro para pessoa física é o maior desde 2011; cartão vai a 471% ao ano

27/06/2016 11h10

A taxa média de juros cobrada de pessoas físicas apresentou nova alta em maio. O custo do dinheiro nas operações com recursos livres (aquelas em que as taxas são pactuadas livremente no sistema financeiro) subiu de 71% para 71,7% ao ano, maior patamar desde o começo da série, em maio de 2011.

No rotativo do cartão de crédito, a taxa de juros subiu 18,9 pontos percentuais na passagem de abril para maio, ficando em 471,3% ao ano, novo recorde. O rotativo é a linha de crédito pré-aprovada no cartão e inclui também saques feitos na função crédito do meio de pagamento.

As concessões do rotativo de cartão de crédito somaram R$ 26,521 bilhões em maio, com queda de 0,5% sobre abril e baixa de 2,5% em 12 meses.

Já a inadimplência na modalidade foi de 37,5%. Em abril, estava em 36,4% e em maio do ano passado foi de 35,4%. A inadimplência média do mercado com recursos livres foi de 5,9% no mês passado.

No cheque especial, a taxa de juros cobrada foi a 311,3% ao ano, também recorde da série iniciada em julho de 1994, vindo de 308,7% em abril.

Nos 12 meses encerrados em maio, a taxa de juros dentro dessa modalidade avançou 79,3 pontos percentuais. Apesar de representar cerca de 3% do estoque total de crédito com recursos livres voltado para as pessoas físicas, a alta é tão expressiva que acaba contaminando o juro médio do mercado, que fechou o mês em 71,7%, considerando o crédito com recursos livres.

A inadimplência no cheque especial mostrou alta de 14,5% para 14,9% no mês passado.