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Dólar renova mínimas em quase um ano e juros de curto prazo disparam

28/06/2016 11h40

As taxas de juros futuros de vencimentos curtos aceleraram a alta e o dólar ampliou a baixa a mínimas não vistas em quase um ano, em meio a declarações do presidente do Banco Central (BC), Ilan Goldfajn.

Os comentários de Ilan levam o mercado a reduzir apostas de queda da Selic neste ano, o que mantém a atratividade do real como moeda de elevado retorno. Ilan disse que pode usar todas as ferramentas sem ferir o regime de câmbio flutuante, sendo possível reduzir a exposição a swaps "se e quando" estiverem presentes condições de mercado.

Às 11h37, o dólar comercial caía 1,91%, a R$ 3,3291. Na mínima, a cotação ficou em R$ 3,3251, menor patamar intradia desde 29 de julho de 2015 (R$ 3,3153). O dólar cai quase 16% no ano, o que coloca o real como a moeda de melhor desempenho ante o dólar neste ano, considerando uma lista de 33 divisas.

No mercado futuro, o dólar para julho cedia 1,83%, para R$ 3,3355.

Nos juros, o DI janeiro de 2017 - que captura as apostas para movimentações da Selic de hoje até dezembro - subia a 13,800% ao ano, ante 13,650% no ajuste anterior. Na máxima, essa taxa foi a 13,820%, pico desde 9 de maio.

O DI janeiro de 2018, que reflete apostas para a Selic de hoje até dezembro de 2017, ia a 12,750%, frente a 12,530% no último ajuste e máxima hoje de 12,800%

Os DIs longos, por outro lado, recuam, tanto pelo cenário externo positivo quanto pela postura do BC no curto prazo, que abre espaço para cortes mais profundos do juro no futuro.

O DI janeiro de 2021 cedia a 12,230%, estável, depois de oscilar entre 12,140% e 12,300%.