Dólar reage a intervenção do BC e fecha em alta
O dólar fechou em alta frente ao real refletindo a perspectiva de que o Banco Central pode continuar intervindo no mercado de câmbio, aproveitando a menor aversão a risco no cenário externo para reduzir o estoque em contratos de swap cambial tradicional. Hoje o BC vendeu pelo segundo pregão consecutivo mais 10 mil contratos de swap cambial reverso, que equivalem a uma compra de dólar no mercado futuro, operação que somou cerca de US$ 500 milhões. Isso acabou ampliando a alta do dólar no mercado local, que descolou do movimento no exterior em dia de baixo volume por conta do feriado nos Estados Unidos.
O dólar comercial fechou em alta de 0,99% a R$ 3,2639. Já o contrato futuro para agosto avançava 0,90 para R$ 3,294.
A mudança de postura do BC em julho, após ficar junho inteiro sem atuar no mercado de câmbio, reduziu a disposição dos investidores em ampliar as posições vendidas em dólar, uma vez que a autoridade monetária poderá atuar para reduzir a intensidade de apreciação do real.
Em entrevista ao Valor, o presidente do BC, Ilan Goldfajn, disse que "abriram-se as condições para começar a reduzir o estoque de swaps cambiais". Mas reiterou que o BC não anunciou "nenhum programa de todos os dias".
O estoque de swaps tradicionais recuou para US$ 61,135 bilhões.
Para Paulo Petrassi, sócio-gestor da Leme Investimentos, o BC está apenas querendo atuar para reduzir a volatilidade, dado que o real teve um desempenho muito melhor que seus pares no último mês. "Mas não acho que o BC vai atuar para segurar o câmbio a qualquer preço e nem que ele esteja querendo defender um piso", diz.
Petrassi destaca que o real pode ganhar um fôlego a mais em agosto com a esperada melhora do fluxo de investimentos para o Brasil após a votação final do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. "Há fluxo reprimido dos investidores estrangeiros que aguardam a conclusão do impeachment", diz.
Para um tesoureiro de um banco nacional, o BC pode até continuar com o leilão de swap reverso, aproveitando o momento para reduzir o estoque em derivativos cambiais. Mas o tamanho ofertado deverá seguir abaixo do colocado pela autoridade monetária entre março e abril. "Se ele continuar com um lote de US$ 500 milhões por dia é um volume pequeno, abaixo da média movimentada no interbancário de cerca de US$ 2 bilhões, e não deve afetar tanto os preços como hoje", diz.
O dólar comercial fechou em alta de 0,99% a R$ 3,2639. Já o contrato futuro para agosto avançava 0,90 para R$ 3,294.
A mudança de postura do BC em julho, após ficar junho inteiro sem atuar no mercado de câmbio, reduziu a disposição dos investidores em ampliar as posições vendidas em dólar, uma vez que a autoridade monetária poderá atuar para reduzir a intensidade de apreciação do real.
Em entrevista ao Valor, o presidente do BC, Ilan Goldfajn, disse que "abriram-se as condições para começar a reduzir o estoque de swaps cambiais". Mas reiterou que o BC não anunciou "nenhum programa de todos os dias".
O estoque de swaps tradicionais recuou para US$ 61,135 bilhões.
Para Paulo Petrassi, sócio-gestor da Leme Investimentos, o BC está apenas querendo atuar para reduzir a volatilidade, dado que o real teve um desempenho muito melhor que seus pares no último mês. "Mas não acho que o BC vai atuar para segurar o câmbio a qualquer preço e nem que ele esteja querendo defender um piso", diz.
Petrassi destaca que o real pode ganhar um fôlego a mais em agosto com a esperada melhora do fluxo de investimentos para o Brasil após a votação final do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. "Há fluxo reprimido dos investidores estrangeiros que aguardam a conclusão do impeachment", diz.
Para um tesoureiro de um banco nacional, o BC pode até continuar com o leilão de swap reverso, aproveitando o momento para reduzir o estoque em derivativos cambiais. Mas o tamanho ofertado deverá seguir abaixo do colocado pela autoridade monetária entre março e abril. "Se ele continuar com um lote de US$ 500 milhões por dia é um volume pequeno, abaixo da média movimentada no interbancário de cerca de US$ 2 bilhões, e não deve afetar tanto os preços como hoje", diz.
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