Juros futuros caem na BM&F com a melhora nas previsões para inflação
As taxas dos contratos futuros de juros recuaram na BM&F nesta segunda-feira, refletindo a melhora das expectativas de inflação mostradas hoje pela Pesquisa Focus.
Os investidores reduziram as projeções para o IPCA neste ano e para 2017 após a divulgação do Relatório Trimestral de Inflação (RTI) na semana passada, que apontou para o indicador a 4,7% no próximo ano. A queda das projeções de inflação também reflete o discurso mais "hawkish" (com tendência ao aperto da política monetária) do presidente do BC, Ilan Goldfajn, que reforçou o compromisso de buscar o centro da meta de inflação, de 4,5%, em 2017.
O DI para janeiro de 2017 caiu de 13,87% para 13,865% no encerramento do pregão regular, enquanto o DI para janeiro de 2018 recuou de 12,72% para 12,68%. E o DI para janeiro de 2021 caiu de 12,2% para 12,13%.
O volume de negócios é mais baixo que a média, devido à ausência dos mercados americanos, fechados pelo feriado do Dia da Independência. O volume negociado no mercado DI de um dia somava R$ 2,747 bilhões, com 522,701 contratos negociados.
Pesquisa Focus divulgada nesta segunda-feira mostrou uma queda das expectativas de inflação, cuja mediana das projeções para 2016 caiu de 7,29% para 7,27%, enquanto a mediana das estimativas para 2017 recuou de 5,50% para 5,43%, após seis semanas de estabilidade.
Houve uma queda também das projeções para câmbio, cuja mediana para 2016 caiu de R$ 3,60 para R$ 3,46 para o fim de 2016 e de R$ 3,80 para R$ 3,70 para 2017.
Já a mediana das projeções para a taxa Selic ficou estável em 13,25% para 2016 e em 11% para o fim de 2017.
Para o sócio-gestor da Leme Investimentos, Paulo Petrassi, há espaço para uma queda maior das expectativas de inflação, mas o início do afrouxamento monetário vai depender da melhora do quadro fiscal, o que só deve acontecer após a votação final do impeachment da presidente Dilma Rousseff, previsto para o fim de agosto. "Ainda não temos a ancoragem fiscal. Esse sinal só deve vir somente depois que a Dilma Rousseff for afastada definitivamente", diz.
Nesse cenário, Petrassi, acredita que a chance de o BC cortar a taxa básica de juros no fim de agosto é pequena, com maior probabilidade de isso acontecer em outubro. A curva de juros refletia a maior probabilidade de um corte de 0,5 ponto da taxa Selic em outubro.
Petrassi afirma que apesar de o governo ainda não ter aprovado medidas de ajuste fiscal significativas, o mercado segue com perspectiva positiva em relação ao governo do presidente interino Michel Temer, destacando que os investidores receberam bem a entrevista dada por Temer à revista "Veja" no fim de semana. Na entrevista, Temer destaca que deverá seguir com a agenda de privatizações buscando incentivar os investimentos privados e afirma que deve seguir com o avanço da agenda de ajuste fiscal.
Os investidores reduziram as projeções para o IPCA neste ano e para 2017 após a divulgação do Relatório Trimestral de Inflação (RTI) na semana passada, que apontou para o indicador a 4,7% no próximo ano. A queda das projeções de inflação também reflete o discurso mais "hawkish" (com tendência ao aperto da política monetária) do presidente do BC, Ilan Goldfajn, que reforçou o compromisso de buscar o centro da meta de inflação, de 4,5%, em 2017.
O DI para janeiro de 2017 caiu de 13,87% para 13,865% no encerramento do pregão regular, enquanto o DI para janeiro de 2018 recuou de 12,72% para 12,68%. E o DI para janeiro de 2021 caiu de 12,2% para 12,13%.
O volume de negócios é mais baixo que a média, devido à ausência dos mercados americanos, fechados pelo feriado do Dia da Independência. O volume negociado no mercado DI de um dia somava R$ 2,747 bilhões, com 522,701 contratos negociados.
Pesquisa Focus divulgada nesta segunda-feira mostrou uma queda das expectativas de inflação, cuja mediana das projeções para 2016 caiu de 7,29% para 7,27%, enquanto a mediana das estimativas para 2017 recuou de 5,50% para 5,43%, após seis semanas de estabilidade.
Houve uma queda também das projeções para câmbio, cuja mediana para 2016 caiu de R$ 3,60 para R$ 3,46 para o fim de 2016 e de R$ 3,80 para R$ 3,70 para 2017.
Já a mediana das projeções para a taxa Selic ficou estável em 13,25% para 2016 e em 11% para o fim de 2017.
Para o sócio-gestor da Leme Investimentos, Paulo Petrassi, há espaço para uma queda maior das expectativas de inflação, mas o início do afrouxamento monetário vai depender da melhora do quadro fiscal, o que só deve acontecer após a votação final do impeachment da presidente Dilma Rousseff, previsto para o fim de agosto. "Ainda não temos a ancoragem fiscal. Esse sinal só deve vir somente depois que a Dilma Rousseff for afastada definitivamente", diz.
Nesse cenário, Petrassi, acredita que a chance de o BC cortar a taxa básica de juros no fim de agosto é pequena, com maior probabilidade de isso acontecer em outubro. A curva de juros refletia a maior probabilidade de um corte de 0,5 ponto da taxa Selic em outubro.
Petrassi afirma que apesar de o governo ainda não ter aprovado medidas de ajuste fiscal significativas, o mercado segue com perspectiva positiva em relação ao governo do presidente interino Michel Temer, destacando que os investidores receberam bem a entrevista dada por Temer à revista "Veja" no fim de semana. Na entrevista, Temer destaca que deverá seguir com a agenda de privatizações buscando incentivar os investimentos privados e afirma que deve seguir com o avanço da agenda de ajuste fiscal.
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