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Bovespa inverte tendência e sobe com atuação de banco estrangeiro

13/07/2016 17h36

Nas últimas três horas de pregão, o Ibovespa inverteu a tendência de baixa e encerrou o dia com valorização de 0,63% aos 54.598 pontos. De acordo com operadores, um banco estrangeiro foi o responsável pelo aumento das ordens de compra de ações, que puxaram o índice para cima. Também contribuiu para a retomada do índice a divulgação do Livro Bege do Federal Reserve, o banco central americano, que mostrou uma desaceleração das vendas do varejo, apesar de a economia americana ainda estar em expansão. Esse movimento pode afastar uma alta dos juros nos Estados Unidos, o que é favorável aos países emergentes.

Hoje também ocorre o vencimento de opções sobre o Ibovespa, mas segundo profissionais, o volume de transações era baixo, cerca de R$ 154 milhões. O resultado oficial será divulgado no final do dia. O volume de negócios no Ibovespa foi de R$ 5,5 bilhões.

Durante a manhã, o Ibovespa chegou a cair 0,96% em um movimento de realização de lucros, depois de cinco dias de altas consecutivas. O desempenho das bolsas americanas e queda no preço das commodities ajudaram a manter a cotação da bolsa de valores em baixa. "O dia foi de calmaria, as bolsas americanas também reduziram os negócios depois de altas recordes nos últimos dias", disse Ari Santos, gerente de mesa Bovespa da H.Commor DTVM.

Entre as ações negociadas, os destaques de alta ficaram com os papéis da JBS ON, com ganho de 4,60%, seguido por Gerdau PN, com valorização de 4,51% e TIM Participações ON, que ganhou 4,24%. A Gerdau informou que decidiu não fazer provisionamento das potenciais perdas com o julgamento desfavorável do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), realizado hoje. Segundo a empresa, em seu entendimento e no de consultores jurídicos, ainda é possível vencer a ação e não ter de pagar R$ 3,77 bilhões em valores devidos à Receita Federal.

Na ponta oposta, as maiores quedas do dia ficaram com os papéis da Cemig PN, com baixa de 4,91, seguida por Rumo Logística, com queda de 2,90%, Petrobras ON, com baixa de 2,25% e Ultrapar ON, com desvalorização de 2,16%. A Fitch cortou os ratings da Cemig de "AA-(bra)" para "A(bra)", com perspectiva negativa. O rebaixamento reflete a expectativa de enfraquecimento do perfil de crédito consolidado da estatal nos próximos ano.

A elétrica mineira informou que estuda medidas administrativas e judiciais quanto à recomendação da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) de recusa ao pedido da empresa para prorrogar, por 20 anos, a concessão da hidrelétrica de Miranda, com potência de 408 megawatts (MW).

As ações da Petrobras caíram acompanhando a queda no preço do barril do petróleo no mercado internacional. O contrato do WTI recuou 4,4% e o tipo Brent caiu 3,86%. As ações da Petrobras PN recuaram 0,18%.

A despeito da queda no preço do minério de ferro, de 0,39%, no porto de Qingdao, na China, para US$ 59,15 a tonelada, as ações da Vale fecharam em alta. Os papéis ON subiram 0,73 e as ações PNA ganharam 1,43%. No setor financeiro, a maior alta do dia ficou com Bradesco PN, com ganho de 2,21%.