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Juros futuros caem sob reflexo de cenário externo e eleição na Câmara

14/07/2016 20h31

As taxas dos contratos futuros de juros encerraram em queda na BM&F, especialmente nos vencimentos mais longos. O mercado recebeu positivamente a eleição de Rodrigo Maia (DEM-RJ) para a presidência da Câmara dos Deputados, apostando que o novo presidente deve favorecer o avanço da agenda de ajuste fiscal no Congresso. O otimismo nos mercados também foi sustentado pelo cenário externo positivo, diante da perspectiva de mais medidas de estímulos nos países desenvolvidos.

O DI para janeiro de 2017 fechou estável a 13,86% no fechamento do pregão regular, enquanto o DI para janeiro de 2018 recuou de 12,68% para 12,67%. O DI para janeiro de 2021 caiu de 12,04% para 11,97%, menor patamar desde 30 de janeiro de 2015.

Com a melhora da percepção de risco no mercado doméstico os investidores têm buscado alongar as posições no mercado de juros futuros, vendo espaço para queda das taxas mais longas.

"O governo parece que está conseguindo apoio político que precisa para aprovar as reformas e o discurso mais ?hawkish' do Banco Central podem favorecer a queda das taxas de juros com prazos mais longos", afirma Rogério Braga, sócio e gestor da Quantitas, que vê a possibilidade de um recuo da taxa do DI para janeiro de 2021 para 11%.

"Há espaço para os juros longos caírem mais, mas a velocidade desse movimento deve ser lenta", afirma. Ele destaca que continuidade dessa queda vai depender da conclusão do impeachment da presidente Dilma Rousseff e da aprovação de medidas fiscais.

O mercado ainda aguarda a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), na semana que vem, que vai decidir sobre o novo patamar da taxa básica de juros.