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Inflação pelo IGP-10 desacelera em julho, mas é recorde para o mês

15/07/2016 08h41

A inflação apurada pelo Índice Geral de Preços - 10 (IGP-10) desacelerou de 1,42% em junho para 1,06% em julho, puxada pela menor variação das cotações agrícolas no atacado. Apesar da taxa mais baixa que no mês anterior, a variação do IGP-10 em julho é a mais alta para o período desde 2008, quando subiu 2%.

As taxas dos IGPs em julho costumam ser mais baixas e até negativas por esta ser uma época em que os preços, em especial os agrícolas, caem. Problemas na safra brasileira, entre outros, contudo, elevaram as cotações deste setor.

Em julho, os preços agrícolas no atacado (IPA agrícola) desaceleraram, mas ainda registraram alta expressiva, de 3,32%, ante 4,91% em junho. O IPA de produtos industriais saiu de 0,70% para 0,37%.

No atacado em geral, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) cedeu de 1,89% em junho para 1,23% em julho. Enquanto minério de ferro (-0,17% para -9,49%), milho em grão (+8,70% para -6,73%), óleo de soja (+4% para -5,48%) registraram quedas expressivas de preços, outros itens como feijão (23,59% para 44,59%), ovos (3,52% para 10,77%) e leite in natura (5,14% para 5,39%) subiram.

No varejo, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) cedeu de 0,49% para 0,27% de junho para julho, com seis de suas oito classes de despesa registrando taxas menores. A principal baixa ocorreu no grupo habitação (0,84% para 0,31%), influenciada pela tarifa de eletricidade residencial (1,53% para -0,19%).

Saúde e cuidados pessoais (0,98% para 0,53%), despesas diversas (2,58% para 0,56%), vestuário (0,71% para -0,05%), transportes (-0,25% para -0,33%) e comunicação (0,28% para 0,06%) também cederam, puxados, respectivamente, por medicamentos em geral (1,55% para 0,07%), cigarros (5,63% para -0,24%), roupas (0,72% para -0,52%), gasolina (-0,61% para -1,61%) e mensalidade para internet (3,21% para -0,07%).

Alimentação (0,22% para 0,43%) e educação, leitura e recreação (0,24% para 0,68%) subiram com arroz e feijão (4,13% para 20,37%) e passagem aérea (-5,17% para 20,65%), respectivamente.

Já o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) registrou, em julho, variação de 1,76%, ante 0,49% no mês anterior. O índice relativo a materiais, equipamentos e serviços subiu para 0,23%, de 0,14%. O índice que representa o custo da mão de obra avançou 3,10%, de 0,81%.