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Taxa de desemprego na Grande São Paulo permanece estável em junho

27/07/2016 14h16

Depois de subir por cinco meses consecutivos, a taxa de desemprego da região metropolitana de São Paulo ficou estável em 17,6% da população economicamente ativa (PEA) em junho, de acordo com a Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), realizada pela Fundação Seade e pelo Dieese.

Na mesma época do ano passado, o desemprego atingia 13,2% da PEA na região.

O desemprego aberto - aquele em que as pessoas procuram efetivamente trabalho, mas não exerceram nenhuma atividade - caiu, de 15% para 14,7%. Já o desemprego oculto pelo trabalho precário ou pelo desalento subiu de 2,6% para 2,9%.

Regiões

A partir desta edição, a PED passa a divulgar as taxas por áreas geográficas da Grande São Paulo. Assim, o desemprego total diminuiu nas sub-regiões Oeste (de 18,7% para 18,1%) e Leste (de 20,9% para 19,6%), permaneceu em relativa estabilidade na sub-região Sudeste (Grande ABC) de 17,1% para 16,9%, e aumentou no Município de São Paulo, de 16,8% para 17,2%.

Em junho, o contingente de desempregados em toda a região metropolitana paulista foi estimado em 1,99 milhão de pessoas, 13 mil a mais do que em maio, e 523 mil a mais que no mesmo período do ano passado.

Na comparação com maio, houve criação de 64 mil empregos, que não foi suficiente para absorver o aumento de 77 mil pessoas que ingressaram no mercado de trabalho da região. Já quando comparado a 2015, houve a eliminação de 325 mil postos de trabalho, que se somou às 198 mil pessoas que entraram no mercado, mas não conseguiram emprego.

Setores

O contingente de pessoas com trabalho na Grande São Paulo foi estimado em 9,319 milhões de pessoas em junho. Sob a ótica setorial, na comparação com maio, esse resultado decorreu do aumento do emprego nos serviços (2,2%, ou geração de 121 mil postos de trabalho) e de redução no comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas (queda de 2,6%, ou eliminação de 44 mil postos de trabalho) e na construção (recuo de 1%, ou perda de 6 mil). O emprego ficou estável na indústria de transformação.

Na comparação com junho do ano passado, a construção lidera o recuo do emprego, com a eliminação de 137 mil postos de trabalho (-18,7%), seguida por serviços (-77 mil, ou -1,4%), comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas (-66 mil, ou -3,9%) e indústria de transformação (-61 mil, ou -4,0%).

Renda

Entre abril e maio de 2016, o rendimento médio real dos ocupados subiu 0,4%, passando a R$ 1.961, enquanto o dos assalariados ficou estável, em R$ 2.018.

Houve ligeira alta da massa de rendimentos dos ocupados (0,5%), por causa do crescimento do rendimento médio real, uma vez que permaneceu estável o nível de ocupação. No caso dos assalariados, a variação negativa (-0,3%) decorreu da redução do nível de empregos, já que o salário médio real ficou em relativa estabilidade.

Entre maio de 2015 e de 2016, caíram os rendimentos médios reais de ocupados (-7,7%) e assalariados (-5,2%). Também diminuiu a massa de rendimentos dos ocupados (-11,7%) e dos assalariados (-10,8%).

Na pesquisa Seade/Dieese, os dados de renda são anteriores aos do mês de referência.