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Atividade da indústria paulista tem pior semestre desde 2009

28/07/2016 12h06

O Indicador de Nível de Atividade (INA) da indústria paulista registrou queda de 9,9% entre janeiro e junho, em relação ao mesmo período do ano passado, aponta a pesquisa do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos (Depecon) da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), divulgada nesta quinta-feira (28). Foi o pior resultado desde 2009, quando caiu 15,8%. No primeiro semestre de 2015, o recuo foi de 3,2%.

Paulo Francini, diretor do Depecon, afirmou em nota que a expectativa da entidade é que a atividade da indústria do Estado se estabilize no segundo semestre deste ano.

Em junho, o INA teve alta de 0,8%, invertendo a direção tomada um mês antes, de queda de 1,2%, na série livre de influências sazonais. Na comparação com junho de 2015, houve queda de 8,1%. Em 12 meses, o recuo foi de 9,5%.

O aumento do INA de maio para junho foi alavancado, principalmente, pelo crescimento de 2,6% do total de vendas reais. As horas trabalhadas na produção e o Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) registraram acréscimo de 0,2% e 0,3 ponto percentual, respectivamente.

Para Francini, os dados da pesquisa mostram que o cenário está se acomodando. "Faz muito tempo que não registramos um mês positivo; isso mostra que a queda contínua e crescente parou de existir."

A Fiesp estima recuo de 6% na atividade industrial do Estado neste ano, ante baixa de 6,2% em 2015 e de 6% em 2014.

Expectativas

A pesquisa Sensor de julho fechou em 48,4 pontos, na série livre de influências sazonais, contra 48,0 pontos de junho. Apesar desse resultado, as expectativas seguem no campo negativo já que o indicador está abaixo de 50 pontos.

O indicador de investimentos subiu de 48 pontos em junho para 50,8 pontos, o que indica aumento dos investimentos para julho, e o indicador de estoque passou de 46,7 pontos em junho para 49,9 em julho. Neste caso, ao ficar muito próxima de 50 pontos, a leitura mostra que o nível de estoques está dentro do desejado pelos empresários industriais do Estado.

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