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CVC tem 2º dia de lojas fechadas no Rio em impasse com franqueados

Divulgação
Imagem: Divulgação

09/08/2016 11h21

A CVC, maior operadora de turismo do país, segue enfrentando nesta terça-feira (9), pelo segundo dia, o fechamento de 22 das 70 lojas da rede no Rio de Janeiro.

A paralisação é uma forma de protesto da empresa CRG, master franqueada da marca no Estado, que não aceita as condições impostas para rescisão do contrato entre as duas partes.

O impasse começou em fevereiro último, quando a CVC entrou em contato com a CRG Viagens, master franqueada da CVC desde 2012, para romper o acordo que deveria seguir até 2022.

O advogado da master franqueada, José Roberto de Castro Neves, do escritório Ferro, Castro Neves, Daltro & Gomide Advogados (FCDG), contou ao "Valor" que a empresária Claudia Bustamante, dona da CRG, e os lojistas da franquia querem a liberdade de deixar a rede, uma vez que a CVC rompeu um elo que ligava o negócio deles ao da operadora de turismo.

Segundo ele, os lojistas dessas 22 franquias que estão fechadas só entraram na CVC por causa da empresária Claudia Bustamante. Como o acordo foi rompido –pela CVC–, eles não se sentem à vontade para seguir na rede.

Mas a CVC quer manter essas lojas na rede e ameaça aplicar multas e outras penas caso os lojistas abandonem a franquia.

Procurada ontem, a assessoria de imprensa da CVC não conseguiu colocar um porta-voz para comentar o assunto até a publicação da nota.

Controladores terão participação reduzida

Na semana passada, a operadora de turismo anunciou o plano dos fundos BTC FIP, da empresa de investimentos Carlyle, e GJP FIP, do fundador da CVC, Guilherme Paulus, de colocar a venda 60 milhões de ações da companhia, ou 44,67% do capital.

Se a operação for concluída, os dois acionistas terão a fatia combinada na operadora reduzida dos atuais 69% para 24,3%. O negócio pode movimentar cerca de R$ 1,3 bilhão.

Ontem, as ações da CVC fecharam em queda de 3,66% cotadas a R$ 21,85.