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Fitch rebaixa notas de crédito da Usiminas

14/09/2016 19h31

(Atualizada às 16h39) A agência de classificação de risco Fitch rebaixou o rating de longo prazo e em moeda estrangeira da Usiminas de ?C' para ?RD', categoria que significa um calote restrito na escala da agência. Ao mesmo tempo, a Fitch rebaixou a nota de crédito em escala nacional da siderúrgica de ?C(bra)' para ?RD(bra)'.

O rebaixamento acontece após a Usiminas ter entrado em um acordo com seus credores para a reestruturação de cerca de 92% de seu endividamento total. Na visão da Fitch, a proposta representa uma troca em situação de estresse, quando a negociação impõe uma redução significativa no principal em relação aos termos originais.

Depois de um tempo, quando tiver acesso a mais informações, a agência espera reclassificar o rating da Usiminas e sua emissão de dívida, os elevando novamente ao grau especulativo.

A Usiminas assinou cláusulas definitivas na segunda-feira para reestruturar sua dívida e agora tem dez anos para amortizar as obrigações financeiras, que representam cerca de 92% do endividamento total de R$ 7,24 bilhões. Além disso, a empresa terá um período de carência de três anos, no qual incorrerão apenas juros.

S&P

A agência de classificação de risco S&P Global Rating, por sua vez, elevou a nota de crédito da Usiminas de ?SD' - categoria que significa calote seletivo na escala da agência - para ?CCC+'. A perspectiva continua negativa.

A melhora do rating, segundo a S&P, reflete a conclusão do acordo de reestruturação da dívida da Usiminas com seus credores, que junto com a injeção de R$ 1 bilhão por seus sócios controladores Nippon e Terniun, deverão elevar a posição de liquidez da companhia.

Por outro lado, a S&P alerta que as queimas de caixa da Usiminas continuarão pressionando sua habilidade de pagar integralmente suas dívidas de títulos até janeiro de 2018.

A classificação do rating também reflete a fraca eficiência operacional da siderúrgica e sua produção reduzida, que "junto com uma demanda fraca no setor e ambiente de juros altos, continuarão prejudicando suas métricas de crédito".