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Monitor da FGV sinaliza alta de 0,26% do PIB em julho

19/09/2016 13h30

A economia brasileira abriu o terceiro trimestre com ligeira alta, segundo o Monitor do PIB, elaborado pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Pelo levantamento, o Produto Interno Bruno (PIB) subiu 0,26% em julho, na comparação com junho, registrando a segunda alta mensal consecutiva.

No trimestre encerrado em julho, comparado com o trimestre anterior (fevereiro a abril), o PIB registra queda de 0,49%. Apesar de negativa, essa foi a menor retração em seis trimestres consecutivos. Para Claudio Considera, coordenador do Monitor do PIB, a queda menor no trimestre e a pequena alta em julho apontam melhora na atividade econômica.

Na comparação com o mesmo período em 2015, a taxa mensal de julho do PIB caiu 3,7%, retração maior que a de junho (-2,5%). Mesmo assim, esta é, segundo a FGV, a segunda taxa menos negativa do ano. A queda acumulada em 12 meses até julho, apesar de alta (-4,9%), apresenta desaceleração, ficando estagnada no mesmo valor do acumulado até junho.

Na comparação com julho de 2015, das 12 atividades que compõem o PIB, apenas eletricidade (+7,7%) e serviços imobiliários (+0,3%) não apresentam taxas mensais negativas. Os piores resultados foram da transformação (-7,8%), comércio (-7,7%) e transportes (-8,9%), revertendo a melhora que se observou em junho.

Consumo

O consumo das famílias, na mesma comparação, apresentou queda de 5,8% em julho, e encerrou o trimestre móvel com retração de 5,2%, com taxas negativas em todos os bens de consumo.

Indústria

Na comparação trimestral, o PIB caiu 3,6% entre maio e julho em relação aos mesmos meses de 2015. A indústria apresentou uma pequena ruptura da trajetória ascendente apontada desde fevereiro deste ano chegando a -3,2% nesta base. No setor de serviços, a variação do trimestre móvel até julho também foi mais negativa do que a apresentada no segundo trimestre chegando a -3,4%.
Investimento
De acordo com a FGV, a Formação Bruta de Capital fixo caiu 12,7% em julho, quando comparada a julho de 2015. O trimestre móvel maio a julho, comparado com o mesmo período de 2015, recuou 8,7%. Apesar da queda acentuada, o resultado é o menos negativo da FBCF em 2016. Parte da recuperação vem do componente ?máquinas e equipamentos'. A taxa trimestral móvel finda em janeiro para este grupo era de -40,9% e em julho está em -13,8%.