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Ações da Petrobras sobem após plano de negócios e puxam Ibovespa

20/09/2016 18h30

As ações da Petrobras determinaram a alta do Ibovespa no pregão desta terça-feira. Os papéis ordinários da companhia subiram 1,07% e as ações preferenciais tiveram alta de 3,44%. O Ibovespa fechou com elevação de 0,67% aos 57.736 pontos. O giro financeiro ficou em R$ 4,3 bilhões e deste total, 20% foram de negócios feitos com as ações da Petrobras.

Hoje, a Petrobras divulgou o plano de investimentos para o período de 2017-2021. As medidas agradaram os investidores. Os investimentos para o período serão de US$ 74,1 bilhões, uma queda de 25% quando comparado ao volume observado na última revisão do plano, anunciada em janeiro de 2016, que totalizou US$ 98,4 bilhões.

O plano propõe a saída de atividades de produção de biocombustíveis e fertilizantes, como também venda de participações em petroquímica. A Petrobras anunciou uma meta de desinvestimentos e parcerias de US$ 19,5 bilhões para 2017 e 2018. No planejamento atual, a estatal projeta desinvestimentos de US$ 15,1 bilhões, somados os anos de 2015 e 2016.

"A tendência para as ações daqui para a frente é de alta. No mês passado, já prevendo uma melhora na companhia, nós incluímos os papéis da estatal na nossa carteira", diz Rafael Ohmachi, analista da Guide Investimentos.

Também tiveram alta as ações PNB da Cesp, com ganho de 6,50%, seguidas pelos papéis ordinários da Cosan, com valorização de 3,86% e as ações ordinárias da RaiaDrogasil, com alta de 2,77%.

Na ponta oposta, as maiores quedas do dia ficaram com os papéis preferenciais da Gerdau Metalúrgica, com baixa de 5,66%, seguido pelas ações ordinárias da Rumo Logística, com recuo de 4,86% e os papéis da Fibria, com queda de 3,78%.

O jornal Valor informou que as concessionárias de ferrovias, que estavam em negociações adiantadas com o governo para renovar seus contratos, precisarão de mais tempo para celebrar esses acordos. Perto de ser publicada, a medida provisória que disciplina a prorrogação e a relicitação das concessões de infraestrutura prevê novas exigências que atrasam a extensão por 30 anos dos contratos do setor.

De acordo com operadores, apesar da alta do Ibovespa, o volume de negócios ainda é fraco e os investidores mantém a cautela à espera da reunião do Federal Reserve, o banco central americano, e do BoJ, o banco central do Japão. A expectativa é que o Fed mantenha os juros inalterados, mas em relação ao BoJ, o receio é que, no programa de estímulos monetários, o BC reforçará a compra de ativos de curto prazo, em detrimento dos mais longos.