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Desemprego na Grande São Paulo cai para 17,2% em agosto, aponta Dieese

28/09/2016 11h55

A taxa de desemprego na região metropolitana de São Paulo caiu de 17,4% em julho para 17,2% no mês passado, de acordo com a Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), realizada pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade) e pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Em agosto de 2015, o indicador chegou a 13,9%.

O contingente de desempregados foi estimado em 1.914 milhão de pessoas na região metropolitana paulista, 39 mil a menos do que no mês anterior. A redução da taxa no período, no confronto com julho, deveu-se à saída de trabalhadores do mercado, já que as demissões continuaram no período. Enquanto a população economicamente ativa (PEA) encolheu 0,9%, com 101 mil trabalhadores a menos, a população ocupada recuou 0,7%, na mesma comparação, o que corresponde ao corte de 62 mil postos de trabalho.

Na comparação com agosto do ano passado, quando o desemprego na região estava em 13,9%, o número de desempregados aumentou 377 mil, resultado da eliminação de 305 mil postos de trabalho e da entrada de 72 mil pessoas que entraram no mercado e não conseguiram emprego.

Indústria demite 

Entre os setores, a indústria foi aquele que mais demitiu entre julho e agosto, eliminando 74 mil postos de trabalho entre julho e agosto, o que corresponde a uma retração de 5,2% no número de funcionários. A construção acompanhou o movimento, com 4 mil cortes, perda de 0,7% no estoque.

O comércio e os serviços chegaram a contratar, abrindo 17 mil e 9 mil vagas, o que correspondem, nessa ordem, a altas de 1,1% e de 0,2%.

Renda

O rendimento dos ocupados cresceu 0,9% em termos reais em julho, em relação a junho, passando a valer R$ 1.986, enquanto a dos assalariados avançou 0,5%, para R$ 2.048. Já no confronto com julho de 2015, a renda média real dos ocupados recuou 3,4% e a dos assalariados cedeu 2,4%.

Na comparação com junho, a massa de rendimentos reais dos ocupados avançou 0,5% e a dos assalariados, 0,1%. Sobre o mesmo período do ano passado, a variável despencou 6% entre os ocupados e 4,9% entre os assalariados.

Na PED, os dados de renda correspondem ao mês anterior ao de referência da pesquisa.