JBS despenca e segura Ibovespa; analistas veem leve correção
O Ibovespa passa por um processo leve de correção e fechou de lado, em queda de 0,06%, para 63.826 pontos. As ações da JBS despencaram e pressionaram o indicador, que recua 0,43% na semana. A despeito da oscilação limitada, a Bovespa teve mais um dia de forte volume, de R$ 9,1 bilhões.
Apesar dessa pausa, analistas ainda apostam em um cenário positivo para as ações brasileiras. Para Eduardo Velho, economista-chefe da A2A INVX Global, os grandes movimentos que poderiam puxar a Bovespa passaram, como a aprovação da PEC do teto dos gastos pela Câmara dos Deputados, o plano estratégico da Petrobras e o início da queda dos juros. Agora, o mercado aguarda novas notícias contundentes para voltar a subir com mais ímpeto, o que traz volatilidade. Na visão dele, a pausa dos últimos dias é uma realização ainda dentro de um mercado moderadamente otimista, e não uma correção profunda. Uma realização maior pode ocorrer caso novas delações no âmbito da Operação Lava-Jato afetem a base do governo ou o próprio presidente Michel Temer.
George Kerr, diretor responsável pelo desenvolvimento de negócios da Aberdeen no Brasil, disse que tem visto o interesse de Investidores aumentar por produtos da gestora com foco em emergentes como um todo nos últimos meses, mas ainda não em fundos dedicados de Brasil. Mais recentemente, produtos de América Latina entraram nessa lista de interesse. Segundo ele, a busca por ações não tem sido um movimento exclusivo de Brasil, mas de interesse por todos os emergentes. Os mercados emergentes, afirma, vão entrar em um ciclo positivo, que irá beneficiar a bolsa brasileira. O fluxo para Brasil, diz, por enquanto tem sido sentido mais através de produtos passivos, como ETFs.
O destaque de queda hoje foi JBS ON, que despencou, com queda de 11,45%, para R$ 10,44. O papel teve o terceiro maior volume da Bovespa, com R$ 672 milhões, atrás de Petrobras PN (R$ 925 milhões) e Vale PNA (R$ 802 milhões). Vale PNA subiu 1,86% e Petrobras PN ganhou 0,56%.
O anúncio do cancelamento da reorganização societária da JBS derrubou as ações da empresa. O cancelamento da reorganização ocorreu após o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) se manifestar contra a proposta, exercendo seu poder de veto. Por meio da BNDESPar, o banco estatal possui 20,4% das ações da companhia de alimentos. O UBS manteve a recomendação neutra para as ações da JBS após a notícia. A casa diz que, a despeito de o preço atual parecer tentador, os riscos associados às ações aumentaram.
Outra notícia corporativa fez as ações da Natura caírem 4,28%. A empresa informou ontem à noite a saída de Roberto Lima da presidência, após dois anos e dois meses no cargo. O Credit Suisse disse em nota a clientes que a mudança surpreendeu, pois a empresa não deixou claro que o mandato de Lima seria de curto prazo. Além disso, a companhia não sinalizou uma discussão sobre o processo de sucessão e o anúncio veio um dia antes do resultado do terceiro trimestre.
Nas altas, Telefônica PN avançou 3,5%. Ontem, a companhia divulgou os seus resultados financeiros e informou ter encerrado o terceiro trimestre com lucro líquido de R$ 952,7 milhões, alta de 9,6% na comparação com igual período de 2015.
Suzano PNA subiu 1,95%. No setor, ainda avançaram Fibria ON (0,9%) e Klabin (0,56%). O dólar, que ajuda as empresas, subiu 1,15%.
A Suzano divulgou balanço nesta manhã e o lucro líquido reportado no terceiro trimestre, de R$ 53 milhões, ficou abaixo do esperado por analistas cujas projeções foram compiladas pelo Valor. Na média, Itaú BBA, Morgan Stanley, Santander, BTG Pactual e Ágora Corretora projetavam ganho de R$ 106,4 milhões, calculado a partir de estimativas que variaram de R$ 41 milhões a R$ 190 milhões.
Mas a receita líquida trimestral de R$ 2,17 bilhões anunciada pela companhia veio em linha com a média das estimativas, que indicava R$ 2,19 bilhões, assim como o resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado de R$ 767 milhões ficou perto da projeção média de R$ 797,8 milhões.
As units do Santander subiram 0,48%. O banco divulgou balanço nesta manhã, mostrando lucro líquido de R$ 1,884 bilhão no terceiro trimestre deste ano em termos gerenciais, excluindo despesas com amortização de ágio e outros itens não recorrentes. O resultado representa uma alta de 10,3% na comparação com o ganho obtido no mesmo período do ano passado. O lucro líquido societário do banco espanhol no Brasil ficou em R$ 1,436 bilhão conforme as regras contábeis locais e em R$ 2,259 bilhões conforme o IFRS. Analistas consultados pelo Valor projetavam lucro médio de R$ 1,461 bilhão.
Apesar dessa pausa, analistas ainda apostam em um cenário positivo para as ações brasileiras. Para Eduardo Velho, economista-chefe da A2A INVX Global, os grandes movimentos que poderiam puxar a Bovespa passaram, como a aprovação da PEC do teto dos gastos pela Câmara dos Deputados, o plano estratégico da Petrobras e o início da queda dos juros. Agora, o mercado aguarda novas notícias contundentes para voltar a subir com mais ímpeto, o que traz volatilidade. Na visão dele, a pausa dos últimos dias é uma realização ainda dentro de um mercado moderadamente otimista, e não uma correção profunda. Uma realização maior pode ocorrer caso novas delações no âmbito da Operação Lava-Jato afetem a base do governo ou o próprio presidente Michel Temer.
George Kerr, diretor responsável pelo desenvolvimento de negócios da Aberdeen no Brasil, disse que tem visto o interesse de Investidores aumentar por produtos da gestora com foco em emergentes como um todo nos últimos meses, mas ainda não em fundos dedicados de Brasil. Mais recentemente, produtos de América Latina entraram nessa lista de interesse. Segundo ele, a busca por ações não tem sido um movimento exclusivo de Brasil, mas de interesse por todos os emergentes. Os mercados emergentes, afirma, vão entrar em um ciclo positivo, que irá beneficiar a bolsa brasileira. O fluxo para Brasil, diz, por enquanto tem sido sentido mais através de produtos passivos, como ETFs.
O destaque de queda hoje foi JBS ON, que despencou, com queda de 11,45%, para R$ 10,44. O papel teve o terceiro maior volume da Bovespa, com R$ 672 milhões, atrás de Petrobras PN (R$ 925 milhões) e Vale PNA (R$ 802 milhões). Vale PNA subiu 1,86% e Petrobras PN ganhou 0,56%.
O anúncio do cancelamento da reorganização societária da JBS derrubou as ações da empresa. O cancelamento da reorganização ocorreu após o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) se manifestar contra a proposta, exercendo seu poder de veto. Por meio da BNDESPar, o banco estatal possui 20,4% das ações da companhia de alimentos. O UBS manteve a recomendação neutra para as ações da JBS após a notícia. A casa diz que, a despeito de o preço atual parecer tentador, os riscos associados às ações aumentaram.
Outra notícia corporativa fez as ações da Natura caírem 4,28%. A empresa informou ontem à noite a saída de Roberto Lima da presidência, após dois anos e dois meses no cargo. O Credit Suisse disse em nota a clientes que a mudança surpreendeu, pois a empresa não deixou claro que o mandato de Lima seria de curto prazo. Além disso, a companhia não sinalizou uma discussão sobre o processo de sucessão e o anúncio veio um dia antes do resultado do terceiro trimestre.
Nas altas, Telefônica PN avançou 3,5%. Ontem, a companhia divulgou os seus resultados financeiros e informou ter encerrado o terceiro trimestre com lucro líquido de R$ 952,7 milhões, alta de 9,6% na comparação com igual período de 2015.
Suzano PNA subiu 1,95%. No setor, ainda avançaram Fibria ON (0,9%) e Klabin (0,56%). O dólar, que ajuda as empresas, subiu 1,15%.
A Suzano divulgou balanço nesta manhã e o lucro líquido reportado no terceiro trimestre, de R$ 53 milhões, ficou abaixo do esperado por analistas cujas projeções foram compiladas pelo Valor. Na média, Itaú BBA, Morgan Stanley, Santander, BTG Pactual e Ágora Corretora projetavam ganho de R$ 106,4 milhões, calculado a partir de estimativas que variaram de R$ 41 milhões a R$ 190 milhões.
Mas a receita líquida trimestral de R$ 2,17 bilhões anunciada pela companhia veio em linha com a média das estimativas, que indicava R$ 2,19 bilhões, assim como o resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado de R$ 767 milhões ficou perto da projeção média de R$ 797,8 milhões.
As units do Santander subiram 0,48%. O banco divulgou balanço nesta manhã, mostrando lucro líquido de R$ 1,884 bilhão no terceiro trimestre deste ano em termos gerenciais, excluindo despesas com amortização de ágio e outros itens não recorrentes. O resultado representa uma alta de 10,3% na comparação com o ganho obtido no mesmo período do ano passado. O lucro líquido societário do banco espanhol no Brasil ficou em R$ 1,436 bilhão conforme as regras contábeis locais e em R$ 2,259 bilhões conforme o IFRS. Analistas consultados pelo Valor projetavam lucro médio de R$ 1,461 bilhão.
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