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Bolsa cai mais de 1% e dólar passa de R$ 3,22; eleição dos EUA no foco

01/11/2016 14h00

O Ibovespa abriu em alta, mas não resistiu ao tom negativo do exterior e mudou de direção - às 13h39, o índice da Bolsa paulista perdia 1,46%, aos 63.975 pontos

Para operadores, o Ibovespa tem um dia de realização de lucros, após alta de quase 50% no ano. Um dia depois de altas, os bancos corrigem e têm queda. Itaú PN recuava 1,55%, Bradesco PN cedia 2,36% e BB ON tinha baixa de 3,18%.

Amanhã, o banco central dos Estados Unidos decide sobre a taxa de juros do país. Mas os mercados brasileiros estarão fechados, em razão do dia dos Finados.

Uma pesquisa do Washington Post-ABC News indicou Hillary Clinton e Donald Trump praticamente empatados, com uma medida do grau de entusiasmo dos eleitores de Hillary ficando bem abaixo da de Trump.

Smiles ON cedia 1,92%. A empresa de programas de fidelidade controlada pela companhia aérea Gol apresentou lucro líquido de R$ 144,7 milhões no terceiro trimestre, avanço de 46,8% sobre mesmo período no ano anterior.

Dados positivos vindos da China contribuem para a alta de várias commodities. O índice de gerente de compras para o setor industrial da China avançou para 51,2 em outubro, ante 50,1 em setembro.

As ações ON da MMX disparam pelo segundo pregão seguido na Bovespa, com alta de 11,11%. Os papéis reagem à notícia de que a MMX Sudeste deu um passo importante para avançar em seu plano de recuperação judicial. A empresa oficializou a venda de duas minas de minério de ferro. O valor total estimado é de R$ 207 milhões, dos quais R$ 70 milhões pagos à vista.

Câmbio

O dólar acelerou a alta, superou R$ 3,20 e alcançou o maior patamar em quase três semanas nesta terça-feira, puxado pela piora do ambiente externo em meio a incertezas com a eleição americana, na véspera da decisão de política monetária nos EUA.

Em uma clara evidência do aumento da aversão a risco por causa das eleições americanas, a moeda do México - país que exporta cerca de 90% de seus produtos para os EUA - ampliou as perdas a mais de 1,1%.

No Brasil, às 13h44, o dólar comercial subia 1,15%, a R$ 3,2258. Na máxima, foi a R$ 3,2288, maior valor intradia desde 7 de outubro (R$ 3,2405)

No mercado futuro, o dólar para dezembro tinha alta também de 1,13%, a R$ 3,2510.

O Valor traz hoje que o fluxo para repatriação teria ficado abaixo do número de R$ 60 bilhões que vinha circulando nos bastidores da área econômica. Com isso, a expectativa é que o dólar possa num primeiro momento reduzir o ímpeto de queda visto no mês passado, conforme se aproxima o período em que sazonalmente o mercado tem mais fluxo negativo.

Juros

Os juros futuros de longo prazo ampliaram as altas nesta terça-feira, seguindo o fortalecimento do dólar e os aumentos dos rendimentos de títulos soberanos no exterior, de olho nas eleições americanas e na véspera da decisão de política monetária do Fed.

O mercado aguarda novas notícias nos planos fiscal e monetário. Diretores do BC se reúnem hoje com economistas no Rio de Janeiro. As reuniões são realizadas para colher informações e avaliações para a elaboração do Relatório Trimestral de Inflação (RTI).

Investidores comentam ainda entrevista do ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, ao Valor. Padilha disse acreditar que a proposta de reforma da Previdência que o governo vai encaminhar ao Congresso "já está do tamanho possível".

Às 13h47, o DI janeiro de 2018 ia a 12,230% ao ano, frente a 12,210% no ajuste anterior. O DI janeiro de 2019 avançava a 11,580%, contra 11,510% no último ajuste. E o DI janeiro de 2021 - mais sensível ao cenário externo - subia a 11,420%, ante 11,300% no ajuste da véspera.