Dólar sobe 1,2% na semana refletindo incertezas com eleição nos EUA
Depois de passar as primeiras horas do dia em alta firme, pressionado pelo cenário externo, o dólar terminou a sexta-feira em leve queda, de 0,10%, a R$ 3,2315. Segundo operadores, esse alívio ocorreu porque o forte movimento de zeragem de posições, detonado pela preocupação com a eleição americana da semana que vem, perdeu força hoje. Mas o clima geral ainda é de cautela.
Mesmo com o recuo de hoje, a moeda americana termina a primeira semana de novembro em alta de 1,21%. Durante a sessão de hoje, a moeda americana chegou a superar a máxima de R$ 3,26, o maior patamar desde setembro.
Além das incertezas em relação ao resultado da eleição americana, o dólar reagiu aos dados americanos do mercado de trabalho. Foram gerados liquidamente 161 mil novos postos de trabalho, abaixo dos 173 mil previstos. Mas o salário médio por hora trabalhada cresceu 0,40%, em linha com as expectativas, elemento que pode alimentar o avanço da inflação e, consequentemente, reforça a expectativa de alta de juros pelo Fed.
Esse ímpeto altista, no entanto, perdeu força durante a tarde, em linha com o movimento global. O Dollar Index, que mostra o desempenho do dólar ante uma cesta de moedas, caía há instantes 0,14% para 97,05.
O noticiário do fim de semana será crucial para definir a tendência do dólar nos próximos dias. Novas pesquisas e eventuais denúncias podem influenciar o rumo dos ativos. Para o economista-chefe da Garde Asset Management, Daniel Weeks, é possível esperar uma boa dose de instabilidade até a divulgação do resultado final. Mas, confirmado o que o mercado ainda considera o cenário mais provável - a vitória da democrata Hillary Clinton -, o real deve retomar a tendência de valorização.
Para Weeks o "interregno benigno" do cenário externo, apontado pelo Banco Central, deve continuar. "Há duas incertezas no radar: a eleição americana e o rumo dos juros no mundo. Mas nosso cenário base é que o ambiente continue favorável a emergentes", afirma o especialista. Diante disso, ele vê no ambiente local razões para o real se apreciar. "A PEC 241 teve uma aprovação com folga, a reforma da Previdência tem grande chance de aprovação e o Banco Central mostrou-se mais ?hawkish'", afirma Weeks. Ele observa que, neste início de novembro, o real voltou a ter uma performance alinhada com outras moedas emergentes, devolvendo todo o efeito positivo provocado pelo fluxo de repatriação. "O real tem que estar melhor do que seus pares, porque tem uma história positiva."
Mesmo com o recuo de hoje, a moeda americana termina a primeira semana de novembro em alta de 1,21%. Durante a sessão de hoje, a moeda americana chegou a superar a máxima de R$ 3,26, o maior patamar desde setembro.
Além das incertezas em relação ao resultado da eleição americana, o dólar reagiu aos dados americanos do mercado de trabalho. Foram gerados liquidamente 161 mil novos postos de trabalho, abaixo dos 173 mil previstos. Mas o salário médio por hora trabalhada cresceu 0,40%, em linha com as expectativas, elemento que pode alimentar o avanço da inflação e, consequentemente, reforça a expectativa de alta de juros pelo Fed.
Esse ímpeto altista, no entanto, perdeu força durante a tarde, em linha com o movimento global. O Dollar Index, que mostra o desempenho do dólar ante uma cesta de moedas, caía há instantes 0,14% para 97,05.
O noticiário do fim de semana será crucial para definir a tendência do dólar nos próximos dias. Novas pesquisas e eventuais denúncias podem influenciar o rumo dos ativos. Para o economista-chefe da Garde Asset Management, Daniel Weeks, é possível esperar uma boa dose de instabilidade até a divulgação do resultado final. Mas, confirmado o que o mercado ainda considera o cenário mais provável - a vitória da democrata Hillary Clinton -, o real deve retomar a tendência de valorização.
Para Weeks o "interregno benigno" do cenário externo, apontado pelo Banco Central, deve continuar. "Há duas incertezas no radar: a eleição americana e o rumo dos juros no mundo. Mas nosso cenário base é que o ambiente continue favorável a emergentes", afirma o especialista. Diante disso, ele vê no ambiente local razões para o real se apreciar. "A PEC 241 teve uma aprovação com folga, a reforma da Previdência tem grande chance de aprovação e o Banco Central mostrou-se mais ?hawkish'", afirma Weeks. Ele observa que, neste início de novembro, o real voltou a ter uma performance alinhada com outras moedas emergentes, devolvendo todo o efeito positivo provocado pelo fluxo de repatriação. "O real tem que estar melhor do que seus pares, porque tem uma história positiva."
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