Dólar ensaia queda, mas fecha em leve alta após discurso de Yellen
O dólar chegou a cair 1% durante os negócios, mas tomou fôlego e fechou perto da estabilidade ante o real nesta quinta-feira. O movimento refletiu o fortalecimento da moeda no exterior, conforme os "yields" dos Treasuries ampliaram a alta com declarações "hawkish" da presidente do Federal Reserve (Fed, BC americano), Janet Yellen.
Com o mercado à vista fechado, as moedas emergentes pioraram o sinal logo depois da notícia de que o banco central do México subiu a taxa básica de juros em 0,50 ponto percentual, para 5,25% ao ano. Investidores esperavam uma elevação mais forte, e a decepção acabou pesando sobre o peso mexicano, que acelerou as perdas ante o dólar.
Nos EUA, Yellen disse que a antecipação, pelo mercado, de uma expansão fiscal pode ter consequências inflacionárias que o Fed precisa levar em conta. Ela afirmou ainda que evidências neste mês indicam fortalecimento do argumento por aumento de juros e que a economia está operando perto do pleno emprego.
De toda forma, a movimentação no mercado global de câmbio esteve hoje mais branda nesta semana, num sinal de que os ajustes ao "susto" com a eleição de Donald Trump à Presidência dos EUA podem ter ficado para trás. Ainda assim, a volatilidade segue em níveis acima dos vistos antes da eleição americana, fruto do nível de incerteza ainda latente, o que mantém o mercado vulnerável a novos "sell-offs".
A acomodação do câmbio doméstico tem forte influência da volta das intervenções do Banco Central para amenizar distorções de preços. Desde a semana passada o BC voltou a fazer ofertas líquidas de contratos de swap cambial tradicional, bem como operações de rolagem do vencimento dezembro. Desde então, o BC já injetou no mercado futuro o equivalente a US$ 1,953 bilhão via swaps, enquanto adiou a retirada de US$ 3,5 bilhões, também via swaps, que aconteceria no começo de dezembro.
A ação do BC ocorreu conforme o real chegou a liderar as perdas ante o dólar entre as principais divisas emergentes, com um desempenho pior até mesmo que o do peso mexicano, moeda mais suscetível às propostas de Trump à economia.
Analistas afirmaram que a performance pior do real decorreu justamente da alta acumulada pela moeda ao longo do ano (de cerca de 20%), o que tornou a divisa alvo de investidores que precisaram realizar lucros.
"A história do Brasil hoje tende a amenizar a pressão sobre o real, mas não dá para dizer que estamos blindados do que acontece lá fora", diz o gerente de câmbio da Treviso, Reginaldo Galhardo. Galhardo reconhece a melhora dos fundamentos domésticos - que para alguns tende a amenizar a pressão sobre o câmbio -, mas diz que a estabilidade política local ainda está longe.
"A Lava-Jato continua sendo uma espada na cabeça do mercado. E agora tem toda a história do TSE e a chapa Dilma/Temer. Isso pode ser uma dor de cabeça nas próximas semanas."
Ontem, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Gilmar Mendes, disse que a campanha eleitoral foi feita em conjunto pelos dois candidatos, referindo-se ao processo que investiga a chapa formada pela ex-presidente Dilma Rousseff e pelo presidente Michel Temer nas eleições presidenciais de 2014.
No fechamento das operações no mercado interbancário, o dólar teve variação positiva de 0,06%, a R$ 3,4229. Na mínima do dia, chegou a cair 0,99%, a R$ 3,3871.
No mercado futuro, em que os negócios vão até 18h15, o dólar para dezembro cedia 0,10%, a R$ 3,4330, depois de chegar a subir após a alta menor dos juros no México.
Ao mesmo tempo, as principais moedas emergentes perdiam, em média, 1,01% frente ao dólar, acelerando as perdas no fim da tarde.
Com o mercado à vista fechado, as moedas emergentes pioraram o sinal logo depois da notícia de que o banco central do México subiu a taxa básica de juros em 0,50 ponto percentual, para 5,25% ao ano. Investidores esperavam uma elevação mais forte, e a decepção acabou pesando sobre o peso mexicano, que acelerou as perdas ante o dólar.
Nos EUA, Yellen disse que a antecipação, pelo mercado, de uma expansão fiscal pode ter consequências inflacionárias que o Fed precisa levar em conta. Ela afirmou ainda que evidências neste mês indicam fortalecimento do argumento por aumento de juros e que a economia está operando perto do pleno emprego.
De toda forma, a movimentação no mercado global de câmbio esteve hoje mais branda nesta semana, num sinal de que os ajustes ao "susto" com a eleição de Donald Trump à Presidência dos EUA podem ter ficado para trás. Ainda assim, a volatilidade segue em níveis acima dos vistos antes da eleição americana, fruto do nível de incerteza ainda latente, o que mantém o mercado vulnerável a novos "sell-offs".
A acomodação do câmbio doméstico tem forte influência da volta das intervenções do Banco Central para amenizar distorções de preços. Desde a semana passada o BC voltou a fazer ofertas líquidas de contratos de swap cambial tradicional, bem como operações de rolagem do vencimento dezembro. Desde então, o BC já injetou no mercado futuro o equivalente a US$ 1,953 bilhão via swaps, enquanto adiou a retirada de US$ 3,5 bilhões, também via swaps, que aconteceria no começo de dezembro.
A ação do BC ocorreu conforme o real chegou a liderar as perdas ante o dólar entre as principais divisas emergentes, com um desempenho pior até mesmo que o do peso mexicano, moeda mais suscetível às propostas de Trump à economia.
Analistas afirmaram que a performance pior do real decorreu justamente da alta acumulada pela moeda ao longo do ano (de cerca de 20%), o que tornou a divisa alvo de investidores que precisaram realizar lucros.
"A história do Brasil hoje tende a amenizar a pressão sobre o real, mas não dá para dizer que estamos blindados do que acontece lá fora", diz o gerente de câmbio da Treviso, Reginaldo Galhardo. Galhardo reconhece a melhora dos fundamentos domésticos - que para alguns tende a amenizar a pressão sobre o câmbio -, mas diz que a estabilidade política local ainda está longe.
"A Lava-Jato continua sendo uma espada na cabeça do mercado. E agora tem toda a história do TSE e a chapa Dilma/Temer. Isso pode ser uma dor de cabeça nas próximas semanas."
Ontem, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Gilmar Mendes, disse que a campanha eleitoral foi feita em conjunto pelos dois candidatos, referindo-se ao processo que investiga a chapa formada pela ex-presidente Dilma Rousseff e pelo presidente Michel Temer nas eleições presidenciais de 2014.
No fechamento das operações no mercado interbancário, o dólar teve variação positiva de 0,06%, a R$ 3,4229. Na mínima do dia, chegou a cair 0,99%, a R$ 3,3871.
No mercado futuro, em que os negócios vão até 18h15, o dólar para dezembro cedia 0,10%, a R$ 3,4330, depois de chegar a subir após a alta menor dos juros no México.
Ao mesmo tempo, as principais moedas emergentes perdiam, em média, 1,01% frente ao dólar, acelerando as perdas no fim da tarde.
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