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Investidores ajustam posições e juros futuros fecham em queda

18/11/2016 18h00

Os juros futuros recuaram na sexta-feira, acompanhando a queda do dólar, com os investidores aproveitando para corrigir exageros após a forte alta das taxas verificada na semana passada após a vitória de Donald Trump na eleição presidencial americana. Mesmo assim, os DIs encerraram a semana em elevação, com as taxas se acomodando em um novo patamar com o avanço dos Treasuries nos Estados Unidos, reflexo da preocupação com uma política mais inflacionária do novo governo americano.

A atuação do Tesouro Nacional em conjunto com o Banco Central nesta semana permitiu uma acomodação do movimento de alta das taxas prefixadas que viu no mercado na semana passada.

O Tesouro começou a fazer as operações de compra de Notas do Tesouro nacional - série F (NTN-F), que são papéis prefixados com prazos mais longos, na quarta-feira. Hoje, finalizou o terceiro e último leilão programado e recomprou 160 mil NTN-F do total de 1 milhão de papéis ofertados. Ao longo de três leilões, o Tesouro recomprou 1.108.80 papéis, apenas 37% do lote total, de 3 milhões.

Com a atuação do Tesouro, a taxa da NTN-F para 2027, papel com prazo mais longo, saiu do pico no mês de 12,3216%, em 16 de novembro, para 12,08% hoje.

Para analistas, as compras parciais nos leilões indicam que o mercado já não vê tanta necessidade de zerar ou reduzir posição, eventualmente por acreditar que o pior momento de alta das taxas pode ter ficado para trás.

Na BM&F, o DI para janeiro de 2018 caiu de 12,42% para 12,39% no fechamento do pregão regular, enquanto o DI para janeiro de 2019 recuou de 12,04% para 12,01%. O DI para janeiro de 2021 passou de 12,18% para 12,16%.

A curva de juros reflete hoje 97% de chance de um corte de 0,25 ponto percentual da taxa Selic em novembro. Ainda assim, trata-se de uma mudança importante de precificação, já que até a semana passada o mercado ainda considerava a possibilidade de corte de 0,50 ponto.