IPCA
0,83 Abr.2024
Topo

Dólar tem mínima em 11 dias e juros futuros recuam com alívio externo

21/11/2016 10h20

O dólar cai ao menor patamar em 11 dias ante o real e ajuda a ditar alívio no mercado de juros nesta segunda-feira. Os movimentos dos dois mercados ocorrem em sintonia com o exterior, onde a moeda americana se afasta de máximas em 13 anos e meio frente a uma cesta de divisas e os rendimentos dos títulos do Tesouro americano retrocedem após alcançarem máximas em um ano.

A queda do dólar ocorre mesmo após o Banco Central (BC) não ter programado para hoje oferta líquida de swap cambial tradicional. A autoridade monetária retomou essas operações no dia 11, quando a moeda americana estava sob forte pressão de alta. Em quatro leilões, o BC colocou no mercado futuro o equivalente a quase US$ 2,5 bilhões, o que não ocorria desde setembro de 2015.

Profissionais já especulavam na semana passada se a autoridade monetária poderia interromper as ofertas líquidas, uma vez que o mercado de câmbio já havia se acalmado tanto pelas atuações do banco quanto pela acomodação do exterior.

Mas o BC manteve o lote de 20 mil contratos de swap cambial tradicional para rolagem. Se colocado integralmente, o banco manterá no mercado US$ 1 bilhão, preservando liquidez. Desde que retomou essa operação, há duas semanas, o BC já promoveu rolagem de US$ 4,5 bilhões nesses papéis.

O Tesouro Nacional, que nos últimos dias realizou compras de NTN-F para dar equilíbrio ao mercado de títulos, também não fará operação hoje. Em comunicado nesta manhã, porém, o Tesouro informou que poderá realizar leilões extraordinários de compra de títulos públicos, com o objetivo de "fornecer suporte ao bom funcionamento desse mercado". As operações ocorreriam em períodos de "elevada volatilidade no mercado financeiro", como a vista após o resultado das eleições presidenciais nos EUA.

Às 10h10, o dólar comercial caía 1,02%, a R$ 3,3520, depois de ter registrado R$ 3,3510, menor patamar desde o último dia 10.

No mercado futuro, o dólar para dezembro recuava 0,91%, a R$ 3,3660.

Nos juros, o DI janeiro de 2021 - mais sensível ao ambiente externo - caía a 12,030% ao ano, frente a 12,150% no ajuste anterior.

O DI janeiro de 2019 cedia a 11,870%, contra 12,000% no último ajuste. E o DI janeiro de 2018 recuava a 12,290%, ante 12,380% do ajuste de sexta-feira.