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Dólar e juros longos registram menores patamares em 12 dias

22/11/2016 10h05

O dólar e os juros futuros de longo prazo operam nos menores patamares em 12 dias nesta terça-feira. Os investidores dão sequência ao ajuste dos últimos dias, conforme os mercados externos também se recuperam depois das fortes perdas nos dias seguintes à eleição americana.

O dólar perdeu a marca de R$ 3,33, rompendo novos suportes técnicos e a caminho da marca de R$ 3,306, abaixo da qual a moeda consolida rota de baixa. Mesmo com a queda dos últimos dias, a cotação ainda está 5% acima dos níveis de antes da eleição nos Estados Unidos.

Os mercados devem monitorar novas declarações do presidente do Banco Central (BC), Ilan Goldfajn, que profere palestra em Brasília. A notícia de que o Senado pode analisar projeto que reabre prazo para adesão ao regime especial de repatriação de recursos do exterior também deve ser analisada pelos agentes.

O BC faz o último leilão de rolagem do vencimento dezembro de swaps cambiais tradicionais. A autoridade monetária oferta 19.815 contratos que, se forem integralmente colocados, completarão o adiamento da retirada de US$ 6,49 bilhões do mercado futuro de câmbio.

Perto das 10 horas, o dólar comercial caía 0,47%, a R$ 3,3359, depois de marcar R$ 3,3297 na mínima. No mercado futuro, o dólar para dezembro recuava 0,52%, a R$ 3,3475, após registrar R$ 3,3380 na mínima.

A queda do dólar e o alívio no sentimento geral influenciam também os juros futuros. O mercado reforça hoje as apostas em um corte mais profundo da Selic neste mês, embora as apostas majoritárias sejam de manutenção do ritmo de 0,25 ponto percentual.

Em um sinal da aparente normalização do mercado, o Tesouro Nacional fará hoje leilão primário de até 350 mil NTN-B. Na semana passada, o Tesouro havia cancelado leilão de prefixados, devido à alta volatilidade do mercado, e realizou operações de recompra de NTN-F.

O DI janeiro de 2021 caía a 11,780% ao ano, frente a 11,830% no ajuste da véspera. O DI janeiro de 2019 cedia a 11,650%, contra 11,700% no último ajuste. E o DI janeiro de 2018 recuava a 12,150% (12,200% no ajuste anterior).