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Juros futuros curtos fecham estáveis com IPCA-15 e taxas longas sobem

23/11/2016 19h30

As taxas dos contratos futuros de longo prazo subiram na BM&F acompanhando a alta do dólar e dos Treasuries (títulos do Tesouro americano). Já os DIs com prazos mais curtos encerraram perto da estabilidade, ancorados pelo dado mais fraco que o esperado do IPCA-15 de novembro.

O índice de inflação, cujo cálculo difere do IPCA apenas pelo período de coleta, teve variação de 0,26%. "A recessão deve continuar ajudando na tendência de desaceleração dos preços apesar da desvalorização do câmbio", afirma Ignácio Crespo, economista da Guide Investimentos.

O DI para janeiro de 2018 fechou estável a 12,14%, enquanto o DI para janeiro de 2019 avançou de 11,67% para 11,68%. E o DI para janeiro de 2021 subiu de 11,82% para 11,83%.

A uma semana da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), a curva de juros reflete maior probabilidade de uma queda de 0,25 ponto percentual da taxa Selic em novembro. "Apesar da recente dinâmica da atividade real mais fraca do que a esperada, a pressão eleitoral nos Estados Unidos sobre o real e a incerteza e os riscos gerados pelo resultado das eleições americanas provavelmente levarão o Banco Central a ser cauteloso e manter o ritmo de cortes de 0,25 ponto percentual da taxa Selic na próxima reunião do Copom de novembro", afirma o Goldman Sachs em relatório.

No exterior, o dado de encomendas de bens duráveis nos EUA, divulgado hoje, ajudou a reforçar a perspectiva de um crescimento mais forte da economia americana, aumentando as apostas em um ciclo monetário mais agressivo do que se esperava no país. As encomendas de bens duráveis subiram 4,8% em outubro, acima da alta de 2,7% esperada pelo mercado.

As taxas das Treasuries registram forte alta após a divulgação do indicador, com o "yield" (retorno ao investidor) do papel de dez anos alcançando a máxima de 2,41%, maior nível desde setembro de 2014.