Juro futuro cai com expectativa para Copom e votação da PEC dos gastos
As taxas dos contratos futuros de juros recuaram nesta terça-feira na BM&F diante da expectativa de continuidade do ciclo de afrouxamento monetário na decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), que será anunciada amanhã. Além disso, a perspectiva de aprovação da PEC dos gastos, que será votada hoje no Senado, contribuiu para a queda das taxas de longo prazo.
O DI para janeiro de 2018 recuou de 12,12% para 12,08%, enquanto o DI para janeiro de 2019 caiu de 11,68% para 11,61%. E o DI para janeiro de 2021 passou de 11,91% para 11,86%.
Para o sócio gestor da Quantitas, Rogério Braga, o Banco Central pode manter o ritmo de corte de juros na decisão da política monetária nesta quarta-feira e reduzir a taxa Selic em 0,25 ponto percentual, mas deve reforçar uma sinalização mais "dovish" (voltada ao afrouxamento monetário) no comunicado da decisão, dada a fraca atividade econômica, deixando a porta aberta para um queda de 0,5 ponto da Selic em janeiro de 2017. "Se o BC vier com um corte de 0,5 ponto percentual, ele pode manter um tom mais ?hawkish' (que tende ao aperto da política monetária)", diz.
Para o gestor, apesar dos prêmios na curva de juros prefixada estarem melhores após a eleição de Donald Trump nos Estados Unidos, o cenário mudou e há mais riscos tanto do lado doméstico quanto externo. "Se a agenda de ajuste fiscal avançar, as taxas de juros prefixadas devem ceder. Mas há muitos riscos à frente, como a delação premiada da Odebrecht e mesmo de novos vazamentos das gravações realizadas por Calero [Marcelo Calero, ex-ministro da Cultura]", afirma Braga.
Os investidores aguardam a votação no primeiro turno no Senado da PEC dos gastos, que limita o aumento das despesas do governo à inflação. A expectativa é que o governo consiga aprovar com folga a medida no Senado, o que ajudou a sustentar a queda das taxas de juros com vencimentos mais longos. "Acho que a aprovação da PEC dos gastos já é algo dado para o mercado. Mas um índice de aprovação muito alto pode ajudar a dar legitimidade para o governo e mostrar que ele não perdeu capital político", diz o gestor. O mercado aguarda também o envio da reforma da Previdência para o Congresso.
As revisões para baixo do PIB para 2017 e a lenta recuperação da atividade econômica dão suporte às apostas em uma aceleração do corte de juros no ano que vem.
Amanhã o IBGE divulga o resultado do PIB do terceiro trimestre.
O DI para janeiro de 2018 recuou de 12,12% para 12,08%, enquanto o DI para janeiro de 2019 caiu de 11,68% para 11,61%. E o DI para janeiro de 2021 passou de 11,91% para 11,86%.
Para o sócio gestor da Quantitas, Rogério Braga, o Banco Central pode manter o ritmo de corte de juros na decisão da política monetária nesta quarta-feira e reduzir a taxa Selic em 0,25 ponto percentual, mas deve reforçar uma sinalização mais "dovish" (voltada ao afrouxamento monetário) no comunicado da decisão, dada a fraca atividade econômica, deixando a porta aberta para um queda de 0,5 ponto da Selic em janeiro de 2017. "Se o BC vier com um corte de 0,5 ponto percentual, ele pode manter um tom mais ?hawkish' (que tende ao aperto da política monetária)", diz.
Para o gestor, apesar dos prêmios na curva de juros prefixada estarem melhores após a eleição de Donald Trump nos Estados Unidos, o cenário mudou e há mais riscos tanto do lado doméstico quanto externo. "Se a agenda de ajuste fiscal avançar, as taxas de juros prefixadas devem ceder. Mas há muitos riscos à frente, como a delação premiada da Odebrecht e mesmo de novos vazamentos das gravações realizadas por Calero [Marcelo Calero, ex-ministro da Cultura]", afirma Braga.
Os investidores aguardam a votação no primeiro turno no Senado da PEC dos gastos, que limita o aumento das despesas do governo à inflação. A expectativa é que o governo consiga aprovar com folga a medida no Senado, o que ajudou a sustentar a queda das taxas de juros com vencimentos mais longos. "Acho que a aprovação da PEC dos gastos já é algo dado para o mercado. Mas um índice de aprovação muito alto pode ajudar a dar legitimidade para o governo e mostrar que ele não perdeu capital político", diz o gestor. O mercado aguarda também o envio da reforma da Previdência para o Congresso.
As revisões para baixo do PIB para 2017 e a lenta recuperação da atividade econômica dão suporte às apostas em uma aceleração do corte de juros no ano que vem.
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