Dilma diz que não há mais como cortar mais gastos no Brasil
A ex-presidente Dilma Rousseff disse nesta sexta-feira que não há mais como cortar gastos no país e afirmou que é preciso aumentar a receita ou tributar fortunas e dividendos. Ao participar de um debate em São Paulo, ao lado da ex-presidente da Argentina Cristina Kirchner, Dilma reconheceu, no entanto, a dificuldade de aprovar essas medidas no Congresso e voltou a defender a realização de uma reforma política.
Afastada do cargo há sete meses, a ex-presidente petista disse que a crise política continua a afetar a economia e alertou para o risco de um "golpe dentro do golpe", com a articulação política para a deposição de Michel Temer (PMDB) e a realização de uma eleição indireta, com a definição do próximo presidente pelo Congresso Nacional em 2017. A petista endossou a campanha de Diretas Já, defendida por movimentos sociais e partidos de esquerda, e pediu a realização de nova eleição presidencial.
Em evento promovido pela Fundação Perseu Abramo, do PT, Dilma afirmou que o objetivo central "do golpe do impeachment" foi "resolver o conflito distributivo em favor da grande mídia, de empresários e de setores conservadores". Para a ex-presidente, outra motivação foi "completar trabalho deixado pelo governo FHC, que não conseguiu vender a Petrobras, privatizar a Eletrobras e acabar com os direitos sociais e trabalhistas".
A ex-presidente foi recebida aos gritos de "olê, olê, olá, Dilma, Dilma" e de "Fora Temer". No palco onde discursou, estava estendida uma faixa com o pedido "STF: anule o golpe já". Durante seu discurso, Dilma criticou seu vice e sucessor na presidência, Michel Temer, e disse que o programa do pemedebista "não teria como ser implantado passando por processo de debate democrático".
Ao lado de Cristina Kirchner, Dilma afirmou que o mesmo processo de crise política, com o enfraquecimento da esquerda, tem sido enfrentado por toda a América Latina, que "passa, de forma similar, pela tentativa de volta do neoliberalismo e, ao mesmo tempo, pelo surgimento de medidas de exceção".
A ex-presidente comparou a possibilidade de "golpe dentro do golpe" no Brasil ao que aconteceu durante a ditadura militar e alertou para os riscos de aprofundamento da crise política.
"Nós perdemos no presente, mas queremos salvar o futuro deste país. Salvar o futuro é ter eleição direta, reforma política e política tributária que tribute o capital", disse durante o evento, realizado na Casa de Portugal, na região central de São Paulo, na noite desta sexta-feira.
Afastada do cargo há sete meses, a ex-presidente petista disse que a crise política continua a afetar a economia e alertou para o risco de um "golpe dentro do golpe", com a articulação política para a deposição de Michel Temer (PMDB) e a realização de uma eleição indireta, com a definição do próximo presidente pelo Congresso Nacional em 2017. A petista endossou a campanha de Diretas Já, defendida por movimentos sociais e partidos de esquerda, e pediu a realização de nova eleição presidencial.
Em evento promovido pela Fundação Perseu Abramo, do PT, Dilma afirmou que o objetivo central "do golpe do impeachment" foi "resolver o conflito distributivo em favor da grande mídia, de empresários e de setores conservadores". Para a ex-presidente, outra motivação foi "completar trabalho deixado pelo governo FHC, que não conseguiu vender a Petrobras, privatizar a Eletrobras e acabar com os direitos sociais e trabalhistas".
A ex-presidente foi recebida aos gritos de "olê, olê, olá, Dilma, Dilma" e de "Fora Temer". No palco onde discursou, estava estendida uma faixa com o pedido "STF: anule o golpe já". Durante seu discurso, Dilma criticou seu vice e sucessor na presidência, Michel Temer, e disse que o programa do pemedebista "não teria como ser implantado passando por processo de debate democrático".
Ao lado de Cristina Kirchner, Dilma afirmou que o mesmo processo de crise política, com o enfraquecimento da esquerda, tem sido enfrentado por toda a América Latina, que "passa, de forma similar, pela tentativa de volta do neoliberalismo e, ao mesmo tempo, pelo surgimento de medidas de exceção".
A ex-presidente comparou a possibilidade de "golpe dentro do golpe" no Brasil ao que aconteceu durante a ditadura militar e alertou para os riscos de aprofundamento da crise política.
"Nós perdemos no presente, mas queremos salvar o futuro deste país. Salvar o futuro é ter eleição direta, reforma política e política tributária que tribute o capital", disse durante o evento, realizado na Casa de Portugal, na região central de São Paulo, na noite desta sexta-feira.
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