Dólar fecha em alta com sinalização mais elevações dos juros nos EUA
O dólar fechou em alta frente ao real, acompanhando o movimento no exterior, com os investidores ajustando as posições após a sinalização do Federal Reserve de uma alta maior que a esperada para a taxa de juros americana nos próximos três anos.
Ontem, o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) elevou em 0,25 ponto percentual a taxa básica de juros pela segunda vez no ano para o patamar entre 0,50% e 0,75%. A autoridade monetária americana também elevou as projeções de duas para três altas em 2017, vendo mais três elevações de juros em 2018 e também em 2019, com a taxa básica subindo para perto de 3%, a 2,9%.
Apesar de esperarem um dólar mais forte no mundo, diante da expectativa de uma política fiscal mais expansionista, que exigiria uma taxa de juros mais alta nos Estados Unidos, a melhora dos fundamentos domésticos do Brasil poderia compensar esse impacto.
No mercado de câmbio, o dólar comercial subiu 0,69% a R$ 3,3667. O mercado à vista de câmbio já estava fechado quando o Fomc anunciou a decisão de política monetária ontem, por isso, o ajuste hoje foi mais forte. Já o contrato futuro para janeiro operava estável a R$ 3,385.
Lá fora, o dólar subia 0,30% em relação ao rand sul-africano, recuava 0,11% frente ao peso mexicano e caía 0,63% diante da lira.
Para o diretor de mercados emergentes e estratégia do Citi em Londres, Luis Costa, a expectativa de um crescimento moderadamente positivo da economia americana e uma política fiscal mais expansionista nos Estados Unidos devem sustentar o movimento de alta das taxas dos Treasuries e trazer um cenário menos favorável para os mercados emergentes no primeiro trimestre de 2017.
Contudo, o banco está com uma visão relativamente positiva para a renda fixa no Brasil nesse cenário, destacando que o avanço na agenda de ajuste fiscal, especialmente em relação à reforma da Previdência, deve diminuir esse impacto negativo para o país. "Não estou falando que o real vai ficar ileso. O posicionamento dos investidores estrangeiros em juros no Brasil é grande e, se tiver um movimento de ?sell-off' [saída generalizada] em mercados emergentes a curva de juros brasileira vai sofrer, mas a melhora do quadro fiscal e as reformas fiscais podem aliviar o impacto em ativos brasileiros", diz.
Costa afirma que o Brasil ainda está em uma situação benéfica apesar dos escândalos políticos, que já tem alçado o governo. "O mercado ainda está focando na capacidade desse governo de intensificar a agenda de reformas. E nesse quadro, as reformas estão, de uma maneira geral, isolando o Brasil da capacidade de sofrer um sell-off (venda generalizada)", afirma.
Ontem, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara aprovou o parecer favorável à admissibilidade à proposta da PEC da Previdência do deputado Alceu Moreira (PMDB-RS). A proposta segue agora para uma comissão especial que analisará o conteúdo e poderá fazer emendas, cuja etapa deve acontecer apenas em fevereiro do ano que vem.
Além disso, o governo anuncia hoje um pacote de medidas microeconômicas como uma das ações para incentivar a retomada do crescimento econômico.
Com os preços globais das commodities mais altos, a Capital Economics vê um cenário melhor paras as ações e moedas da América Latina.
Após a decisão do Fed, as moedas da AL tiveram uma perda modesta entre 0,5% e 1% frente ao dólar. "A reação relativamente fraca nos mercados financeiros da região reflete provavelmente o fato de que eles tinham precificado uma alta da taxa de juros nos EUA bem como um ritmo mais rápido do que o esperado para o aperto da política monetária americana em relação à reunião do Fed de setembro", afirma em relatório.
A Capital Economics afirma que as perdas não foram suficientes para anular a alta dessas divisas no mês. Em dezembro, o dólar cai 0,61% frente ao real.
A consultoria prevê um dólar a R$ 3,35 para o fim de 2016 e a R$ 3,25 para o fim de 2017.
Ontem, o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) elevou em 0,25 ponto percentual a taxa básica de juros pela segunda vez no ano para o patamar entre 0,50% e 0,75%. A autoridade monetária americana também elevou as projeções de duas para três altas em 2017, vendo mais três elevações de juros em 2018 e também em 2019, com a taxa básica subindo para perto de 3%, a 2,9%.
Apesar de esperarem um dólar mais forte no mundo, diante da expectativa de uma política fiscal mais expansionista, que exigiria uma taxa de juros mais alta nos Estados Unidos, a melhora dos fundamentos domésticos do Brasil poderia compensar esse impacto.
No mercado de câmbio, o dólar comercial subiu 0,69% a R$ 3,3667. O mercado à vista de câmbio já estava fechado quando o Fomc anunciou a decisão de política monetária ontem, por isso, o ajuste hoje foi mais forte. Já o contrato futuro para janeiro operava estável a R$ 3,385.
Lá fora, o dólar subia 0,30% em relação ao rand sul-africano, recuava 0,11% frente ao peso mexicano e caía 0,63% diante da lira.
Para o diretor de mercados emergentes e estratégia do Citi em Londres, Luis Costa, a expectativa de um crescimento moderadamente positivo da economia americana e uma política fiscal mais expansionista nos Estados Unidos devem sustentar o movimento de alta das taxas dos Treasuries e trazer um cenário menos favorável para os mercados emergentes no primeiro trimestre de 2017.
Contudo, o banco está com uma visão relativamente positiva para a renda fixa no Brasil nesse cenário, destacando que o avanço na agenda de ajuste fiscal, especialmente em relação à reforma da Previdência, deve diminuir esse impacto negativo para o país. "Não estou falando que o real vai ficar ileso. O posicionamento dos investidores estrangeiros em juros no Brasil é grande e, se tiver um movimento de ?sell-off' [saída generalizada] em mercados emergentes a curva de juros brasileira vai sofrer, mas a melhora do quadro fiscal e as reformas fiscais podem aliviar o impacto em ativos brasileiros", diz.
Costa afirma que o Brasil ainda está em uma situação benéfica apesar dos escândalos políticos, que já tem alçado o governo. "O mercado ainda está focando na capacidade desse governo de intensificar a agenda de reformas. E nesse quadro, as reformas estão, de uma maneira geral, isolando o Brasil da capacidade de sofrer um sell-off (venda generalizada)", afirma.
Ontem, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara aprovou o parecer favorável à admissibilidade à proposta da PEC da Previdência do deputado Alceu Moreira (PMDB-RS). A proposta segue agora para uma comissão especial que analisará o conteúdo e poderá fazer emendas, cuja etapa deve acontecer apenas em fevereiro do ano que vem.
Além disso, o governo anuncia hoje um pacote de medidas microeconômicas como uma das ações para incentivar a retomada do crescimento econômico.
Com os preços globais das commodities mais altos, a Capital Economics vê um cenário melhor paras as ações e moedas da América Latina.
Após a decisão do Fed, as moedas da AL tiveram uma perda modesta entre 0,5% e 1% frente ao dólar. "A reação relativamente fraca nos mercados financeiros da região reflete provavelmente o fato de que eles tinham precificado uma alta da taxa de juros nos EUA bem como um ritmo mais rápido do que o esperado para o aperto da política monetária americana em relação à reunião do Fed de setembro", afirma em relatório.
A Capital Economics afirma que as perdas não foram suficientes para anular a alta dessas divisas no mês. Em dezembro, o dólar cai 0,61% frente ao real.
A consultoria prevê um dólar a R$ 3,35 para o fim de 2016 e a R$ 3,25 para o fim de 2017.
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